segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Ênfase no Espírito Santo — Vincent Cheung


Uma vez ouvi que a razão pela qual não ouvimos mais sobre o Espírito Santo é porque Ele deveria testemunhar sobre Cristo. As escrituras carismáticas enfatizam o Espírito Santo. Você acha que os carismáticos falam demais sobre o Espírito e não o suficiente sobre Cristo?
 
A ênfase deles está errada. Primeiro, a ideia de que o Espírito Santo evita a atenção porque Ele deveria testemunhar sobre Cristo, ou dizer que Ele se mantém deliberadamente em segundo plano, é especulativa e supõe a questão. Em segundo lugar, a frequência e proeminência com que Ele aparece na Escritura tornariam essa explicação muito simplista. O Espírito se destaca desde o início em Gênesis, de forma proeminente em Juízes, Reis e Crônicas, nos Profetas, no nascimento de Cristo, no batismo de Cristo, no dia de Pentecostes, nas cartas e assim por diante. No entanto, a atenção principal ainda pertence a Cristo e ao Pai. Eu acredito que devemos aproximar a proporção bíblica em nossa ênfase.

Há momentos para enfatizar mais o Espírito Santo, como quando Ele é especialmente mal compreendido. Muitos anos atrás, quando preguei em uma reunião, uma mulher me disse: "Seu espírito santo está fazendo algo com o meu espírito santo?" Isso me mostrou que era hora de ensinar sobre o Espírito Santo.

Há também a questão da oração e adoração oferecida ao Espírito Santo. Dizem que, porque o Espírito é Deus, devemos direcionar oração e adoração a Ele, e que realmente negligenciamos fazer isso. Concordo que a premissa, de que o Espírito é Deus, justifica a conclusão de que Ele poderia receber oração e adoração, e não seria idolatria direcionar tais atos a Ele. No entanto, a proporção, ênfase e exemplos na Bíblia certamente não podem levar à conclusão de que devemos direcionar oração e adoração ao Espírito da mesma forma que fazemos com o Pai ou com Cristo.

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