A cosmovisão bíblica torna o conhecimento e a argumentação possíveis, mas o faz sobre bases diferentes dos princípios indefensáveis dos não cristãos.
Nós começamos com Romanos 1: 18-20, que diz:
Portanto, a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis.
Alguns comentaristas tomam uma interpretação mais ou menos empírica dessa passagem, então pensam que ela ensina que, observando o universo, o homem deriva um conhecimento de Deus e de alguns de seus atributos, e que essa evidência na criação torna sua negação de Deus indesculpável. No entanto, como o empirismo é inerente e incuravelmente defeituoso, é falso pensar que qualquer conhecimento ou informação possa ser derivado da observação. Em outro lugar, Paulo diz que Deus tem, em sua sabedoria divina, assegurado que o homem não possa conhecê-lo através da sabedoria humana (1 Coríntios 1:21). Portanto, essa passagem em Romanos não pode significar que é possível ao homem construir um argumento a partir da observação do universo que o conduza ao conhecimento de Deus.
De fato, quando um homem interage com a natureza, ele deve perceber que o Deus cristão é seu criador. No entanto, o pensamento em si é impossível sem certas pressuposições para fornecer as precondições da inteligibilidade. Desde que somente os princípios bíblicos podem servir a essa função, segue-se que uma pessoa deve conhecer Deus em sua mente antes que uma interação com a natureza faça com que Deus (ou qualquer outro pensamento inteligível) surja em sua mente. Paulo diz que Deus edificou em cada mente humana tais princípios, de modo que uma pessoa deve perceber Deus como o Criador do universo. O homem possui um conhecimento inato de Deus. Ele já conhece sobre Deus antes que ele observe ou interaja com o mundo, e quando ele observa ou interage com o mundo, ele deve ser lembrado do Deus que ele já conhece. Mas porque os não cristãos são maus, eles tentam suprimir esse conhecimento.
Thomas Schreiner escreve:
“Deus tem costurado na fábrica da mente humana sua existência e poder, de forma que eles são instintivamente reconhecidos quando alguém vê o mundo criado”.[9] Charles Hodge, embora de certa forma um empirista, admite: “Não é de uma mera revelação externa que o apóstolo está falando, mas daquela evidência do ser e da perfeição de Deus que todo homem tem na constituição de sua própria natureza, e em virtude da qual ele é capaz de apreender as manifestações de Deus em Suas obras”.[10] Consequemente, a NLT traduz: “Pois a verdade sobre Deus é conhecida por eles instintivamente. Deus colocou esse conhecimento em seus corações”. Esse conhecimento de Deus é inato. Embora possa ser chamado à consciência de alguém, ou deva ser chamado à consciência, na ocasião da interação do homem com a natureza, ele está presente na mente do homem e pode ser ou deveria ser chamado à própria consciência antes e à parte de qualquer experiência, sensação ou interação com a natureza.
Mesmo que os argumentos gramaticais em torno do versículo 19 sejam inconclusivos,[11] Romanos 2: 14-15 dissipa toda dúvida de que Deus em dotado o homem de um conhecimento inato sobre si mesmo:
De fato, quando os gentios, que não têm a lei, praticam naturalmente o que ela ordena[12], tornam-se lei para si mesmos[13], embora não possuam a lei; pois mostram que as exigências da lei estão gravadas em seus corações. Disso dão testemunho também a consciência e os pensamentos deles, ora acusando-os, ora defendendo-os.
Esses dois versículos ensinam que o conhecimento inato do homem é específico. Robert Haldane comenta: “Essa luz natural do entendimento é chamada de a lei escrita no coração, pois ela é impressa na mente pelo Autor da criação, e é a obra de Deus tanto quanto a impressão sobre as tábuas de pedra”.[14] Portanto, embora possamos ser incapazes de enumerar todas as proposições incluídas neste conhecimento inato, sabemos que ele é detalhado e específico o suficiente para excluir todas as cosmovisões e religiões não cristãs; somente o cristianismo é compatível com ele.
O versículo 15 menciona "consciência". Devemos deixar claro que ela não é uma parte do ser humano distinta da mente ou do intelecto. A tricotomia antropológica e a pregação popular ensinam que a consciência é a voz de um "espírito" ou "coração" não intelectual; entretanto, "espírito" e "coração" nas Escrituras são termos intelectuais e são frequentemente sinônimos de "mente". O versículo diz que a consciência das pessoas está em ação quando seus pensamentos estão acusando ou defendendo-os. Portanto, a consciência é uma função da mente e não uma parte separada e não intelectual do homem.
J. I. Packer define consciência como “o poder embutido de nossas mentes de executar julgamentos morais sobre nós mesmos, aprovando ou desaprovando nossas atitudes, ações, reações, pensamentos e planos, e dizendo-nos, em caso de desaprovação, que devemos sofrer por isto”.[15]
No entanto, ao contrário de alguns, não é verdade que alguém sempre fará a coisa certa se ouvir a sua consciência. Isso ocorre porque a consciência é meramente uma função moral da mente, e não um padrão moral infalível – a Escritura é o único padrão moral infalível. Paulo escreve que algumas pessoas “tiveram suas consciências queimadas como com um ferro quente” (1 Timóteo 4:2). A consciência “pode ser mal informada, ou condicionada a considerar o mal como bem”, e “pode levar uma pessoa a considerar como pecaminosa uma ação que a Palavra de Deus declara ser não pecaminosa”.[16]
O que a consciência de uma pessoa aprova não é necessariamente bom, e embora não seja seguro alguém violar sua própria consciência, o que ela desaprova não é necessariamente mau (Romanos 14: 1-2, 23). Apenas os preceitos morais de Deus revelados nas Escrituras carregam autoridade final para fazer juízos morais, e não uma avaliação subjetiva baseada nessa função inata da mente. No entanto, como a consciência de uma pessoa é mais informada e treinada pelas palavras das Escrituras, ela se tornará cada vez mais confiável ao tomar de decisões morais.
João Calvino menciona o conhecimento inato do homem sobre Deus em suas Institutas da Religião Cristã. Embora o que se segue tenha sido tirado da tradução de Battles, eu também cito a tradução de Beveridge nas notas de rodapé, onde sua tradução é mais útil e preferível:
Há na mente humana, e deveras por instinto natural, uma percepção da divindade. Isso está fora de controvérsia. Para prevenir alguém de tomar refúgio na pretensão de ignorância, o próprio Deus implantou em todos os homens certo entendimento de sua majestade divina. Sempre renovando a mente deles, ele repetidamente derrama novas gotas.[20] Portanto, quando alguém e todos percebem que há um Deus e que ele é o seu Criador, eles são condenados por seu próprio testemunho, pois eles falham em lhe honrar e consagrar suas vidas à sua vontade... Tão profundamente a concepção comum tem ocupado a mente de todos, tão tenazmente ela é inerente nos corações de todos![21]
...Homens de julgamento sadio sempre estarão seguros que um senso da divindade, que nunca pode ser apagado, está gravado nas mentes dos homens... Pois o mundo... tenta tanto quanto é capaz lançar fora todo conhecimento de Deus, e por todos os meios corromper a adoração dele. Eu apenas digo que, apesar da estúpida dureza em suas mentes, pela qual os ímpios avidamente invocam rejeitar a Deus, todavia, o sendo da divindade, que eles grandemente desejam que seja extinguido, floresce e presentemente se desenvolve. Disso concluímos que essa não é uma doutrina que devemos aprender primeiro na escola, mas é uma na qual cada um de nós é mestre desde o ventre da sua mãe, e cuja própria natureza não permite que seja esquecida, embora muitos lutem com toda força para esse fim.[22] (I, iii, 1 e 3)[23]
A mente do homem não nasce uma tabula rasa – ela não começa como um quadro em branco sem nenhuma informação a priori. Em vez disso, toda pessoa nasce com um conhecimento e uma percepção inatos de Deus. Os pré-requisitos para aquisição de linguagem, pensamento racional e contemplação teológica são inerentes à mente do homem. Portanto, ninguém pode pensar ou falar sem assumir e usar premissas bíblicas que fornecem a precondição da inteligibilidade, de modo que mesmo as objeções contra o cristianismo devem primeiro pressupor que a cosmovisão cristã seja significativa. Mas, uma vez que pressupomos a cosmovisão cristã, a força e a substância de todas as objeções se desvanecem.
Ninguém pode fazer sentido à nem mesmo religiões falsas, como o budismo e o islamismo, sem antes adotar as pressuposições bíblicas que permitem que a lógica, a linguagem e a ética sejam significativas. É necessário pressupor o cristianismo, mas como o cristianismo exclui outras religiões desde o princípio, uma vez que o pressupomos, outras cosmovisões também não podem ser verdadeiras. Sem pressupor as premissas cristãs, não podemos chegar a nenhuma verdade ou conhecimento, mas então não podemos saber que não podemos saber nada, e não pode ser verdade que nada é verdade. Assim, o cristianismo é uma precondição necessária da inteligibilidade e do conhecimento; toda a Bíblia é verdadeira por necessidade. Essa é a base para nossa posição de que toda proposição concebível é evidência para a existência de Deus e para a cosmovisão cristã.
"Assassinato é errado" é uma proposição que carece de qualquer justificação autoritativa, a menos que uma pessoa onisciente e todo-poderosa expresse verbalmente sua proibição de tal ato a criaturas que carreguem sua imagem de mente racional, e então impõe tal ordem com uma punição que Ele considera apropriado, tal como a condenação eterna.
O ateísmo, o mormonismo e outras cosmovisões não cristãs não têm base para declarar o assassinato como moralmente repreensível. Em seus pressupostos, eles não podem nem mesmo tornar a palavra errado universalmente aplicável. Eles não podem autoritariamente definir assassinato, nem podem autoritariamente impor quaisquer regras contra a prática.
"Assassinato é errado" encontra justificativa racional apenas dentro da cosmovisão cristã. Embora muitos não cristãos também pensem que o assassinato é errado, se suas cosmovisões não cristãs não podem levar à conclusão de que o assassinato é errado, e se somente o cristianismo pode produzir tal conclusão, isso só pode significar que esses não cristãos têm pressuposto o cristianismo para chegar a conclusão deles. Embora eles tentem suprimir seu conhecimento do Deus da Bíblia, eles se denunciam ao afirmar proposições que só podem ser deduzidas a partir de princípios cristãos.
Além disso, embora "Assassinato é certo" seja falso de acordo com as pressuposições bíblicas, a própria proposição é inteligível apenas dentro do sistema bíblico, porque fora da cosmovisão cristã é impossível definir ou justificar os conceitos de certo e errado, e de qualquer definição de assassinato. Isto é, mesmo quando os não cristãos afirmam falsas proposições, essas proposições são inteligíveis e são entendidas como falsas apenas porque esse universo é o que a cosmovisão cristã diz que é.
De fato, estamos usando o assassinato apenas como um exemplo. O acima exposto aplica-se a toda proposição, de modo que os incrédulos, de fato, empregam pressuposições bíblicas em toda proposição que proferem e em toda ação que realizam. Portanto, contrário à objeção de que há evidência insuficiente para a existência de Deus ou a verdade do Cristianismo, a revelação de Deus é inescapável, porque Deus tornou a verdade clara e específica (Romanos 1:19).
No entanto, os não cristãos se recusam a reconhecer ou agradecer a Deus, que proveu aos homens a precondição de inteligibilidade e conhecimento. Paulo condena-os por isso quando ele escreve:
Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça... porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se... Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. (Romanos 1:18, 21, 28)
O problema nunca foi falta de evidência, mas o problema é que os não cristãos “suprimem a verdade” por sua impiedade. Eles encobrem a verdade porque são pessoas perversas.
Eles já conhecem sobre Deus – o conhecimento é tanto uma parte deles que dele não podem escapar. No entanto, porque os não cristãos são tolos e perversos, eles se recusam a admitir que têm esse conhecimento. Mas embora neguem a Deus, eles permanecem criaturas feitas à sua imagem, vivendo em um mundo que Ele criou e, portanto, devem empregar premissas bíblicas em qualquer coisa que pensem ou digam. Para o cristão, esse fato fornece a base de uma estratégia invencível de argumentação, que vamos explorar em um momento mais adiante.
Embora esse conhecimento sobre Deus esteja implícito em tudo o que uma pessoa diga e faça, às vezes ele se manifesta mais claramente.
Paulo diz aos atenienses que até mesmo os poetas gregos escreveram: "Pois nele vivemos e nos movemos e temos nosso ser", e "nós somos sua descendência" (Atos 17:28). Mas se somos sua criação, então como podemos justificar a adoração de ídolos – isto é, servir a objetos inferiores a nós? Assim, Paulo diz: "Portanto, uma vez que somos descendentes de Deus, não devemos pensar que o ser divino é como ouro ou prata ou pedra – uma imagem feita pela imaginação e habilidade do homem" (v. 29).
A adoração não cristã é incompatível com o conhecimento inato de Deus. O que o homem conhece em sua mente é substancial e específico o suficiente para excluir todas as formas de adoração não cristãs. Assim, esse conhecimento inato não apenas exclui o ateísmo, mas também o budismo, o islamismo e todas as outras religiões e filosofias não cristãs. Os escritos dessas falsas religiões e filosofias mostram um conhecimento inato das pressuposições cristãs, mas então se recusam a viver de acordo com o que sabem ser verdadeiro. Como Paulo diz:
Porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis. (Romanos 1: 21-23)
Qual é então o veredicto? Visto que a revelação de Deus ao homem é inescapável, a supressão do homem dessa revelação é inescusável: “Pois desde a criação do mundo, os atributos invisíveis de Deus e seu eterno poder têm sido vistos claramente pelo entendimento da mente das coisas criadas. E assim, essas pessoas não tem escusa” (v. 20, NJB). O grego diz que essas pessoas não têm apologia — sem apologética; as posições não cristãs deles são indefensáveis. Um aspecto da defesa de nossa fé envolve demonstrar que os não cristãos não têm defesa para suas próprias crenças. Pelo contrário, nós os temos pego em flagrante — eles negam a fé cristã enquanto continuam usando as pressuposições cristãs. Eles negam com suas bocas o que conhecem em seus corações.
Essa supressão inescusável da verdade e evidência leva à sua inevitável condenação: “Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça” (v.18). A ira de Deus está sendo derramada contra os réprobos mesmo nessa vida, à medida que Deus lhes dá uma mente depravada: “Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam” (v, 28). A impiedade deles se torna cada vez pior, e seus pecados se tornam crescentemente grotescos e não naturais. Como exemplos, Paulo menciona a homossexualidade e a idolatria:
Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos do seu coração, para a degradação do seu corpo entre si. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém. Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão. (v. 24-27)
Paulo também menciona outros pecados pelos quais Deus os punirá com tormento eterno no inferno:
Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam. (v. 29-31)
Os não cristaos não fazem essas coisas em ignorância absoluta, mas Paulo novamente enfatiza o conhecimento inato deles de Deus no versículo 32: “Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam”. Eles sabem o que Deus requer, mas se recusam a concordar com Ele; além do mais, eles aprovam aqueles que se rebelam contra ele. Isso descreve os não cristãos de nossa geração tanto quanto de qualquer outra geração – eles não apenas desafiam os mandamentos de Deus, mas aprovam outros que fazem o mesmo, de modo que eles até mesmo apóiam e encorajam ateus, idólatras, homossexuais, abortistas e todos os tipos de pessoas abomináveis e ímpias. Em seus corações, eles conhecem sobre Deus e seus mandamentos, e assim como a revelação de Deus para eles é inescapável, a condenação deles é inevitável.
NOTAS DE RODAPÉ:
[9] Thomas R. Schreiner, Baker Exegetical Commentary on the New Testament: Romans; Grand Rapids, Michigan: Baker Books, 1998; p. 86.
[10] Charles Hodge, A Commentary on Romans; Carlisle, Pennsylvania: The Banner ofTruth Trust, 1997
(original: 1835); p. 36.
[11] Leon Morris, The Pillar New Testament Commentary: The Epistle to the Romans; Grand Rapids,
Michigan: William B. Eerdmans Publishing Company, 1988; p. 78-80.
[12] A NJB usa o termo “sentido inato”.
[13] Isso apenas significa que embora os gentios careçam da revelação explicita da Escritura, seu conhecimento inato da lei moral de Deus é suficiente para condená-los (2:12). Isto é, “Eles mostram que em seus corações eles sabem o que é certo e o que é errado. Eles demonstram que a lei de Deus está escrita dentro deles” (NLT).
[14] Robert Haldane, Commentary on Romans; Grand Rapids, Michigan: Kregel Publications, 1996 (original: 1853); p. 99.
[15] J. I. Packer, Concise Theology; Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc., 1993; p. 96.
[16] Ibid., p. 97.
[17] A tradução de Henry Beveridge traz o seguinte: “…a memória dos quais Ele constantemente renova e
ocasionalmente alarga…” (I, iii, 1); John Calvin, Institutes of the Christian Religion; Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publishing Company, 1998; Vol. 1, p. 43.
[18] Beveridge: “…tão profundamente tem essa convicção comum possuído a mente, de forma que ela é
firmemente estampada sobre os seios de todos os homens”; Ibid., p. 43.
[19] Beveridge: “Porque o mundo… labora tanto quanto pode para livrar-se de todo conhecimento de Deus, e corrompe sua adoração de inúmeras formas. Eu somente digo que, quando a dureza estúpida de coração, a qual o ímpio avidamente abriga como um meio de desprezar Deus, se torna debilitada, o sendo da Deidade, que de todas as coisas que eles desejam mais sejam extingas, ainda está em vigor, e agora e então se adianta. Disso inferimos que essa não é uma doutrina que foi primeiro aprendida na escola, mas uma que todo homem, desde o ventre, é seu próprio mestre; uma cuja própria natureza não permite nenhum individuo esquecer, embora muitos,
com toda sua força, tentem fazê-lo”; Ibid., p. 45.
[20] John Calvin, Institutes ofthe Christian Religion; Edited by John T. McNeill; Translated by Ford Lewis Battles; Philadelphia: The Westminster Press, 1960; p. 43-46.
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Extraído de:
CHEUNG, Vincent. Ultimate Questions. ed. 2010. pp. 55-61.
Traduzido por:
Cristiano Lima, em 16/07/2018.