sábado, 23 de junho de 2018

RESUMO DA DOUTRINA DA ESCRITURA – Vincent Cheung



[Adaptado de uma declaração inédita sobre a doutrina da Escritura.]

 

A Bíblia consiste nos 66 livros do Antigo e Novo Testamento. Eles foram produzidos por inspiração divina, e coligidos e preservados pela providência de Deus, de forma que operam em conjunto e são mencionados com uma única obra.

A Bíblia é a revelação verbal de Deus. É sua voz. Todas as palavras da Bíblia foram inspiradas e expiradas por Deus. Ele fez homens registrarem as palavras exatas que desejava usar para comunicar seus pensamentos.

A palavra é um símbolo, e um símbolo pode representar uma ideia ou um conjunto de ideias. Portanto, a linguagem humana é suficiente para comunicar qualquer coisa procedente de Deus ou referente a ele. Qualquer limitação deve jazer na capacidade humana de pensar ou processar as ideias comunicadas por Deus.

Pelo fato de Deus ter criado o homem à sua imagem, o homem conta com a capacidade de pensar ou processas as ideias comunicadas por Deus.
A Escritura é coerente e consistente. É uma unidade. Cada documento é integralmente coerente, e todos os documentos concordam entre si. Ela não contém contradições lógicas, paradoxos ou antinomias reais ou aparentes. A percepção de uma aparente contradição significa que se trata apenas de uma ilusão — um produto da mente humana —, e não de uma característica do texto.

A Escritura é infalível e inerrante. Da mesma forma que Deus não mente nem erra, a Bíblia — que é a própria voz de Deus e cujas palavras são as próprias palavras de Deus — não mente nem erra. A Bíblia não pode conter, nem contém, erros, quer em relação a questões espirituais, históricas ou de outra natureza. Ela está certa em todas as suas afirmações e inferências. A pessoa que considera qualquer porção da Escritura falível ou errada não tem motivo para se dizer cristã. Depois de ser bastante admoestada e advertida, ela deve ser considerada réproba e excomungada.

A Escritura detém autoridade. Ela é mais que um instrumento, é a própria voz de Deus. Sua autoridade é idêntica à autoridade de Deus. Não há diferença entre um pronunciamento de Deus e um pronunciamento da Bíblia, e não há diferença entre a obediência a Deus e a obediência à Bíblia. Crer em um e lhe obedecer equivale a crer no outro e obedecer-lhe.

A Escritura é perspícua. Ela é de forma geral clara e de fácil entendimento. A Bíblia comunica sua mensagem com eficiência a todos os tipos de homens em tempos e culturas diferentes. Ela se caracteriza pelo fundamento da simplicidade de pensamento e linguagem de tal forma que é possível a qualquer pessoa com capacidades básicas, sem o auxílio de outros homens, lê-la e aprender dela os princípios centrais da fé cristã, incluindo-se o conhecimento necessário e suficiente para a salvação.

A Escritura é suficiente. Ela contém a informação necessária à salvação, ao progresso espiritual e orientações pessoais — todo o necessário para alguém viver de forma plenamente agradável a Deus. Ela contém a informação necessária à cosmovisão completa, o conceito verdadeiro da realidade, do conhecimento, da ética e de outras questões. Revelações extrabíblicas, como visões e profecias, são desnecessárias; no entanto, a Escritura não declara sua cessação. Deus ainda as pode conceder quando lhe aprouver, mas todas as alegações concernentes a revelações extrabíblicas devem ser testadas, e os falsos profetas devem ser excomungados.

A Escritura autentica a si mesma. Ela se sustenta pela excelência e suficiência de seu conteúdo, e independe de promessas alheias. O sistema de crença cristã recebe a Escritura como primeiro princípio. O restante do sistema se segue por meio de deduções válidas. Este primeiro princípio se prova verdadeiro, e todas as proposições válidas, deduzidas dele, também são verdadeiras. Pelo fato de a Escritura ser verdadeira, e visto que ela contradiz e condena todos os outros sistemas de pensamento, a fé cristã é a única religião, filosofia ou cosmovisão verdadeira.
 
Tradução: Rogério Portella
Via: Monergismo





FÉ, CURA E FILOSOFIA – Vincent Cheung

Nós caminhamos pela fé (com a revelação bíblica como nosso Fundamento e Primeiro Princípio), e não por vista (não pela nossa sensação ou intuição). Ao contrário da especulação, não aprendi isso com algum filósofo. Algumas pessoas assumem que todo o tema gira em torno de vários professores e seus seguidores. Aprendemos a fé da Bíblia, e não existe controvérsias.

Este tem sido o nosso princípio no ministério de cura, e aplicamos isso em todas as áreas da vida. A fé na palavra de Deus, independentemente das sensações, mesmo contra o que vemos e sentimos no momento, tem sido nosso pão diário há anos. Este é o tipo de fé que se parece apenas à palavra de Deus, apesar das circunstâncias contraditórias e as supera.

A filosofia apenas acrescentou um jargão técnico e uma estrutura ao que conhecemos. Nós ainda usamos o jargão quando falamos entre nós. Não há necessidade deles, porque não somos pomposos esquisitos, e preferimos os termos bíblicos. Usamos o jargão para discutir essas coisas com aqueles que se comunicam em termos técnicos.

Via:http://www.vincentcheung.com/2016/10/25/faith-healing-and-philosophy/

Tradução: Edu Marques

sexta-feira, 22 de junho de 2018

O AXIOMA DE GABRIEL – Vincent Cheung

"Como será isso", perguntou Maria ao anjo, "desde que sou virgem?"

O anjo respondeu: "Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril; Porque para Deus nada é impossível.".

"Eis aqui a serva do Senhor", respondeu Maria. "cumpra-se em mim segundo a tua palavra". Então, o anjo a deixou. (Lucas 1: 34-38)

Aqui, Deus envia o anjo Gabriel para dizer a Maria que ficará gravida e dará à luz uma criança. Não será uma criança comum. Como o Filho do Altíssimo, ele será divino. E como ele nascerá através de uma mulher, ele também será humano. Ele será a encarnação da deidade. De acordo com a promessa de Deus, ele tomará posse permanente do trono de Davi. E, ao contrário daqueles que o prefiguraram, este rei nunca morrerá, e seu reino nunca cairá.

Maria está perplexa. Ela não pergunta sobre este Filho do Altíssimo ou pelo trono de Davi ou pela permanência do reino. Mas, ela diz: "Como será isso, desde que eu sou uma virgem?". Nos tempos passados, Deus capacitou mulheres estéreis a conceber, ele fez Abraão e Sara férteis na sua velhice. No entanto, conceber sem a participação de um homem é algo que nunca tinha sido feito. Não há precedentes, mesmo nos registros dos atos de Deus.

Gabriel começa com uma resposta relativamente específica: "Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra". Não é uma explicação detalhada ou mecânica, mas ele deixa claro que este será um ato do poder divino, fazendo referência específica ao papel do Espírito Santo. Ele também conta a Maria sobre Isabel, que, naquele momento, estava grávida de seis meses, embora estivesse estéril anteriormente. Então, o anjo apela a um princípio básico que abrange ambos os acontecimentos: "Porque para Deus nada é impossível".

Isso nos mostra algo sobre o método e o conteúdo de seu pensamento. O plano da salvação agora se sobrepõe a uma questão de biologia ou, em um nível mais básico, a uma questão de possibilidade. Para discursar sobre isso, Gabriel primeiro menciona o que Deus está prestes a fazer e o que Deus já fez. Embora isso seja significativo, seu último apelo não é feito para os atos de Deus na história passada e futura, mas ao seu conhecimento da natureza de Deus, afirmado em uma proposição abrangente e resumida, que é inteligível, mesmo que o ato seja diferente da história das ações divinas. Não depende da história da redenção; antes, a história da redenção é explicada por isso e depende disso. Quanto ao conteúdo, é simplesmente assim: "Porque para Deus nada é impossível". Esta é uma excelente teologia.

As objeções contra a onipotência divina cometem falácias categóricas, entre outras coisas. "Deus pode criar uma rocha tão grande ou pesada que ele não possa levantar?" é um desafio superado, mas vem em diferentes formas e isso ilustra o fracasso das outras tentativas. Este, também, é um justo padrão de ensino, uma vez que oferece a oportunidade de seguirmos Gabriel em seu apelo a um axioma básico da natureza divina, ou seja, a Bíblia ensina que "Deus é espírito"; portanto, tamanho, peso e outras propriedades físicas não se aplicam a ele, e quando ele move uma pedra, ele não a "levanta". O desafio comete um erro categórico e reflete a ignorância costumeira de não-cristãos.

Então, eles perguntam se Deus pode realizar uma contradição, tipo "Deus pode criar um círculo quadrado? "Isso é respondido observando a natureza de uma contradição, de modo que, devido a contradição ser o que é, essa tentativa também comete uma falácia categórica. Uma contradição, na verdade, não é nada. Isto, muitas vezes, é obscurecido pelo fato de que ainda podemos dizê-la. Para ilustrar esse ponto, nós podemos pronunciar frases sem sentido, suponha que eu pergunte: "Deus pode andar com uma omelete de chave de gato porta super?" Até eu não sei o que isso significa. Não consigo conceber uma omelete de chave de gato porta super, nem sei se é algo para andar com alguém. Posso afirmar a questão, mas é sem sentido, e porque não tem sentido, não é uma questão que se aplica à capacidade de Deus. Da mesma forma, embora possamos dizer absurdos como "um círculo quadrado" ou "uma rocha que não é rocha", isso não significa nada. Não são coisas para serem criadas, nem quem fala sobre elas sabe o que elas querem dizer. Nós sustentamos que a onipotência divina é um conceito coerente e real.

Quando o homem abandona os axiomas da revelação ou as proposições básicas sobre a natureza de Deus, poder e sabedoria, seu intelecto despenca das alturas do céu até as profundezas do inferno. Agora seu pensamento se parece com os animais ao invés dos anjos, e ele se esforça, cada vez mais, para tornar-se estúpido. Quando confrontado com questões de possibilidade, ele apela às suas sensações, observações, experimentações e coisas semelhantes. Isso coloca um falso, artificial e estreito limite naquilo que ele poderia considerar possível - não porquê a realidade seja tão estreita quanto o não-cristão pensa, mas porquê sua mente é muito pequena e sua inteligência bastante débil. Sem axiomas verdadeiros e básicos para ancorar seu sistema, e sem métodos parecidos para guiar o seu pensamento, toda a sua ciência e filosofia são falsas e são produtos de arbitrariedade, conjecturas e especulações. Todos os seus argumentos são falaciosos e sua aprendizagem consiste de fantasias em vez de descobertas.

A verdadeira religião primeiro se preocupa consigo mesma e não com a dignidade e o progresso do homem, mas com a majestade e o poder de Deus. Esta é uma condenação contra todas as filosofias dos homens e muitas escolas e tradições teológicas. Pode parecer óbvio que, quando pensamos em Deus, devemos assumir que ele pode fazer todas as coisas, e que esse princípio básico deve determinar nossa idéia do que é possível. Mas, isso não é óbvio para todos. Ao invés de começar com o poder de Deus, há aqueles que começam a pensar, mesmo quando se trata de teologia, com o que eles consideram como habilidades, descobertas e experiências dos homens. Eu digo "o que eles consideram", porque eles sempre se confundem mesmo com respeito às habilidades, descobertas e experiências dos homens.

Deus é o fundamento da teologia, e uma vez que isso é estabelecido, o resto das doutrinas são afirmadas sem nenhuma tensão ou contradição. Estas são doutrinas como a inspiração, preservação e a canonização da Escritura, a criação do homem e do mundo, a ressurreição de Cristo e do seu povo e a predestinação dos indivíduos para o céu e o inferno. Como Paulo disse: "Pois quê? julga-se coisa incrível entre vós que Deus ressuscite os mortos?" (Atos 26:8). E Jeremias disse: "Ah Senhor DEUS! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder, e com o teu braço estendido; nada há que te seja demasiado difícil" (Jeremias 32:17). O fundamento dessas afirmações é que nada é impossível para Deus.

O último apelo de Gabriel é um princípio sobre a natureza e o poder eterno de Deus e não sobre a história da redenção ou sobre o progresso da revelação. O ensino e sua aplicação não podem ser restringidos por eras e épocas. Deus pode fazer qualquer coisa que ele quiser e quando ele quiser. Se ele não faz nada, não podemos fazê-lo fazer algo. Se ele faz alguma coisa, não podemos detê-lo.

Que ninguém lhe perturbe, portanto, com doutrinas que impõem limitações fabricadas à soberania e à onipotência de Deus. Podemos ter confiança nas doutrinas da fé cristã. Elas são imunes às refutações baseadas em axiomas não-cristãos e conceitos de possibilidade. E como Deus é transcendente e imanente, podemos ter confiança na capacidade de Deus de cuidar, proteger e cumprir suas muitas promessas preciosas em nossas vidas.

Fonte: Sermonettes, Vol 2, Vincent Cheung, 4-6

Tradução: Eric N. de Souza

A GARANTIA DO EVANGELHO DE AUTOCONHECIMENTO – Vincent Cheung

Há uma escola de filosofia que toma a Palavra de Deus como seu Primeiro Princípio, para depois deduzir o seu sistema. Ela rejeita os falsos métodos de descobrimento como intuição, sensação, processos irracionais e outros pontos de partida. Essa abordagem está correta. Na verdade, é a única abordagem correta. No entanto, os seguidores dessa filosofia muitas vezes falham em considerar verdadeiramente a Palavra de Deus como sendo o seu Primeiro Princípio e deduzem as suas conclusões a partir disso. Seu Primeiro Princípio é, muitas vezes, suas próprias teorias filosóficas sobre a Palavra de Deus ao invés da própria Palavra de Deus.

Por essa motivo, a maioria deles é  cessacionistas. Eles alegam que o conhecimento vem somente da Palavra de Deus, de tal modo que profecias e revelações são descartadas, embora a Palavra de Deus nos prometa e nos ordene receber profecias e revelações. Se a Palavra de Deus é o Ponto de Partida deles, o seu Fundamento, a sua Autoridade Final, então eles curariam os enfermos e expulsariam os demônios. Mas eles não querem. Isto é uma evidência de que o p
primeiro princípio deles não é a Palavra de Deus, mas que, assim como os seus oponentes, o primeiro princípio deles consiste em suas próprias suposições sobre o mundo.

Outro exemplo seria a sua negação de autoconhecimento, isto é, que é possível conhecer-se a si mesmo. Uma vez que o conhecimento vem de deduções da Escritura, e uma vez que a dedução não pode aceitar premissas de fora da Escritura, e uma vez aparentemente não se pode encontrar informação explícita sobre si mesmo na Escritura, então segue-se que não se pode deduzir o conhecimento sobre si mesmo a partir da Escritura. Muitas vezes isso é aplicado até mesmo sobre a certeza da nossa salvação. Essa não é uma explicação matizada, e os membros deste campo podem se expressar de formas diferentes, mas o ponto é que eles são céticos quanto a possibilidade de auto-conhecimento.

Os seguidores dessa filosofia quase sempre se referem a Jeremias 17:9, onde se diz: “O coração é enganoso acima de todas as coisas, e desesperadamente perverso: quem pode conhecê-lo?” (KJV). Contudo, essa aplicação do versículo é um erro devastador. A primeira regra da interpretação bíblica é a observação do contexto. Deus decretou uma invasão estrangeira contra o seu povo por causa da maldade deles. Em vez de retornarem para Deus, em arrependimento e obediência, eles confiaram nos seus ídolos, seus exércitos, suas armas e no seu parentesco. Deus disse por meio de Jeremias: “Assim diz o Senhor: ‘Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor’” (17:5).

É sob esse contexto que o versículo 9 diz: “O coração é enganoso acima de todas as coisas, e desesperadamente perverso: quem pode conhecê-lo?” O versículo é mais sobre conhecer os outros do sobre conhecer a si mesmo. Se você confiar em outras pessoas, você será decepcionado, porque o coração humano é enganoso e perverso. Mas se você confiar no Senhor, você será estabelecido (v.7-8). Talvez ainda seja possível desafiar o autoconhecimento com isso, mas não é a intenção do versículo. Ignorar o significado do próprio versículo e usá-lo para manter uma filosofia que afirma considerar a revelação bíblica como o Primeiro Princípio é um tanto irônico quanto hipócrita.

A primeira regra usual da interpretação bíblica é a observação o contexto, mas não é a minha primeira regra. Os cristãos muitas vezes negligenciam a inspeção dos versículos que estão usando para provar os seus pontos, de modo que eles são refutados mesmo antes que o contexto seja levado em conta. Assim, a minha primeira regra de hermenêutica é: LEIA AS PALAVRAS. Apenas leia a coisa antes de jogá-la nas pessoas. O que diz o versículo 9? “O coração é enganoso acima de todas as coisas, e desesperadamente perverso: quem pode conhecê-lo?” Essa não pode ser uma descrição de um cristão. Esse não pode ser um espírito regenerado. O crente foi regenerado à imagem de Cristo. Ele é uma nova criatura (2 Coríntios 5:17). O amor de Deus foi derramado em seu coração pelo Espírito Santo (Romanos 5:5). Ele foi transformado e aprimorado no nível mais profundo. Seu coração é “enganoso acima de todas as coisas?” É “desesperadamente perverso?” Não. Se ele é assim, então ele ainda é um não-cristão.

Aplicar um versículo como esse sobre todos, incluindo os cristãos, mesmo em relação à sua garantia de salvação, denuncia uma mentalidade de réprobo. Com exceção dos ensinamentos de Jesus e dos apóstolos, e com exceção de alguns dos grupos carismáticos que muitas vezes são criticados por ensinarem um evangelho de fé, ou de autoaperfeiçoamento, ou da saúde e riqueza, essa mentalidade reprovável é quase universal na história da igreja e da teologia. Essa é uma visão de mundo que retrata Cristo como tendo feito quase nenhuma diferença sobre o cristão. É uma religião que apresenta o cristão como sendo um pecador, mendigo, fraco, doente, pobre e quase morto. É uma falsa humildade que ridiculariza a obra do Espírito Santo.

Deus disse: “‘Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias’, declara o Senhor: ‘Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo’” (Jeremias 31:33). Eles não seriam “enganados acima de todas as coisas”. Deus disse: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente às minhas leis” (Ezequiel 36:26-27). Eles não seriam “desesperadamente perversos”.

A Bíblia diz que eu sou a justiça de Deus em Cristo (2 Coríntios 5:21). A Bíblia diz que Deus ordenou que a sua luz brilhasse em meu coração (2 Coríntios 4:6). A Bíblia diz que eu sou o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 3:16, 6:19). A Bíblia diz que eu sou mais do que um vencedor por meio daquele que me amou e se entregou por mim (Romanos 8:37). A Bíblia diz que eu venci, porque maior é Aquele que está em mim do que aquele que está no mundo (1 João 4: 4). A religião cristã é uma visão de mundo de justiça e vitória. Eu era enganoso acima de todas as coisas, mas agora eu adoro a Deus em espírito e em verdade (João 4:23-24). Eu era desesperadamente perverso, mas agora eu nasci de Deus, e a semente de Deus permanece em mim, e eu não posso continuar pecando, porque eu nasci de Deus (1 João 3:9).

Se a Bíblia é, verdadeiramente, o seu Primeiro Princípio, então isso é o que você deduz dela. Ou você serve a “Bíblia” da boca para fora, como um som ou um símbolo, mas considera aquilo que ela diz como lixo? A mentalidade reprovada pertence ao incrédulo. Ela endossa um evangelho grotesco. Se você pensa como um réprobo, então você deve ser um incrédulo. Se você é um cristão, então você deve admitir que eu estou certo sobre isso. Renove a sua mente agora (Romanos 12:2).

Grande parte da pregação evangélica tem dado voz a Satanás, o acusador. Diz reivindicar o arrependimento, ao contrário do falso evangelho que meramente afirma que os incrédulos estão nos seus pecados. No entanto, se você prega o arrependimento de acordo com o evangelho, você também prega os resultados que resultam deste arrependimento. Este não é um arrependimento que levará a mais condenação, mais auto-degradação, e mais bajulação. Aquele que verdadeiramente se arrependeu e se voltou para Cristo recebeu o perdão, a purificação, a justiça e a confiança para marchar direto ao trono da graça para obter graça e ajuda em tempo de necessidade (Hebreus 4:16). A Bíblia diz que se o sangue dos animais tivesse sido eficaz, então os adoradores não mais se sentiriam culpados dos seus pecados (Hebreus 10:2). No entanto, grande parte da pregação evangélica apresenta a mensagem cristã como aquela que exige a contínua sensação do pecado. Segue-se que este é um falso evangelho que retrata o sangue de Cristo como não melhor do que o sangue dos animais. Ele não tem o direito de se queixar de um evangelho suave e otimista, quando ele só atende a um outro tipo de ouvidos com comichão – os ouvidos com comichão de masoquismo religioso. Ele afirma restaurar o evangelho, mas procura silenciar o evangelho.

Este é o evangelho de Jesus Cristo: “Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus. Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura” (Hebreus 10:19-22). Isso é o que eu tenho. Tenho confiança para entrar no Lugar Santíssimo. Eu me aproximo de Deus com um coração sincero. Tenho plena certeza da fé. Fui purificado de uma consciência culpada. Eu sou um filho de Deus (João 1:12). Eu sou co-herdeiro com Cristo (Romanos 8:17). Eu sou um sacerdote real do Altíssimo (Apocalipse 1:6). Eu não sou enganado acima de todas as coisas. Eu não sou desesperadamente perverso. O filho pródigo recebeu o abraço do pai e foi bem-vindo. Ele recebeu a melhor túnica, um anel e sandálias nos seus pés (Lucas 15:20, 22). Isso é apenas uma leve sugestão do que eu recebi por meio de Jesus Cristo. O Pai me abraçou e me acolheu. O Pai me lavou e me vestiu. Eu recebi a provisão abundante da graça e o dom da justiça de Deus. Agora eu reino em vida por meio deste único homem, Jesus Cristo (Romanos 5:17).

Este é o evangelho básico. Porque os evangélicos não falam assim mais, ou quase nunca? Por que esses teólogos e filósofos virtuosos não ensinam assim? A Bíblia fala assim. Se a Bíblia é o nosso Primeiro Princípio, então pensaríamos assim, pregaríamos assim, falaríamos assim – o tempo todo. Mas mesmo quando os cristãos são forçados a lidar com essas coisas, quando se deparam com elas nas Escrituras, eles voltam, um minuto depois, a falar como os réprobos. Então eles explodem as pessoas que pregam um evangelho que reconhece as promessas de Deus e os efeitos do evangelho. Por quê? Por causa de uma mentalidade reprovada. Um evangelho reprovado. Uma teologia reprovada. Desesperadamente perversa, de verdade.

Ou seja, num debate sobre ateísmo, eu gostaria de saber se você consegue demonstrar para mim se o ateísmo está correto, mas não me importa se você consegue demonstrar pra mim que você é um ateu. Você sabe que você é ateu? Talvez, talvez não, mas esse não é o cerne do debate. O mesmo é verdadeiro para o ministério cristão. Posso defender publicamente a fé Cristã, e pregar o evangelho. Posso derrotar publicamente qualquer um que se oponha à fé. Por outro lado, não há necessidade de provar ao público que eu sou um cristão do mesmo modo que declaro ao público que a fé Cristã é verdadeira. Quando eu prego o evangelho, não estou pregando que eu sou cristão, mas prego para que você seja cristão. Claro, ainda posso fazer alguns argumentos para demonstrar que eu sou um cristão usando as premissas públicas declaradas nas Escrituras, mas outras pessoas não me conhecerão como eu conheço a mim mesmo.

A Bíblia diz que eu sei de meus próprios pensamentos, e isso seria especialmente verdadeiro porque eu sou um cristão. O que eu sei sobre mim não é público e, portanto, não é usado como base para provar algo em um debate público. Uma premissa privada não é compartilhada ou examinada, mas eu posso usá-la como uma premissa em meu próprio raciocínio, e fazer deduções sobre mim. Se alguém nega o autoconhecimento de si mesmo, ele não pode negá-lo a mim, pois a Bíblia diz que eu o tenho. Se alguém declara que o seu Primeiro Princípio é a Palavra de Deus, mas não pode acomodar o que este Primeiro Princípio declara, então ele é um mentiroso. Ele tem outro primeiro princípio, e este primeiro princípio não pode acomodar a Palavra de Deus. Ele permitiu que a sua agenda pessoal substituísse o seu compromisso com o evangelho. Ele pretende defender o evangelho, mas a sua própria defesa é um ataque ao evangelho, uma rejeição do evangelho. Sua agenda favorita distorce a sua mente, de modo que ele quase se regozija por não poder obter autoconhecimento. Isso é insanidade. É má filosofia. É a pior teologia.

O tipo mais importante de autoconhecimento é garantido em Cristo. Você pode conhecer sobre si mesmo, e conhecer a si mesmo como um filho de Deus. A Bíblia diz: “Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: ‘Aba, Pai’” (Romanos 8:15-16).

Nossos desafios epistemológicos habituais contra as tentativas do homem de derivar o conhecimento de si mesmo não se aplicam aqui. O texto aborda a questão do ponto de vista metafísico, não epistemológico, e diz que isso é algo que Deus faz. Não é algo que o homem descobre, mas algo que Deus realiza. Não é apenas algo que Deus comunica, mas algo que Deus faz, algo que Deus faz com que você seja, e algo que Deus faz com que você tenha. O texto não diz nada sobre qualquer tentativa ou método a ser usado pelo homem para descobrir se ele é um filho de Deus. Não é uma questão com a epistemologia. Você recebe um Espírito de filiação. Você o chama de “Pai” por meio do Espírito. Não diz que você aprendeu isso. Diz que você faz isso. Diz que o Espírito faz alguma coisa – Ele testifica com seu espírito de que você é um filho de Deus. Ele testifica. Não diz que você pede para saber. Não diz que você tenta descobrir. Nem sequer diz que você ouve e recebe. Diz que Ele testifica. Ele faz isso.

Deus direciona isso num nível metafísico, arrasando todos os problemas da epistemologia. Não há erro categórico, como se colocássemos um problema em uma categoria e recebêssemos a sua resposta doutra categoria. Toda teoria da epistemologia deve ter uma teoria da metafísica em conjunto com ela e, em primeiro lugar, esse texto satisfaz a ambas categorias, ao mesmo tempo. Diz que Deus faz algo para sermos algo, obtermos algo, ou sabermos algo. Não há nenhum processo ou método de descobrimento. Em outro lugar, a Bíblia diz: “E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho aos seus corações, o qual clama: ‘Aba, Pai’” (Gálatas 4: 6). Isso de certa forma, é ainda mais. Deus enviou seu Espírito em nossos corações. O Espírito clama, “Pai”. Eu sei como uma questão de ser, não por um processo de aprendizagem. Eu sei que sou um filho de Deus por um ato do poder metafísico de Deus. Isso ultrapassa todos os problemas da epistemologia, porque não há espaço para isso. Este autoconhecimento e esta certeza da salvação, não é apenas garantido, mas é inevitável.

Se você tem crido em Jesus Cristo, então esse conhecimento pertence a você. Se você não tem essa certeza, então, todos os meios para resolver o seu problema estão na Palavra de Deus. A pior coisa que você pode fazer é negar que é possível, ou ajustar a doutrina do evangelho para acomodar a sua filosofia. Sacuda essa mentalidade de réprobo que escraviza a quase todos os cristãos. Veja! Se tivermos confiança diante de Deus, então realizaremos façanhas em seu nome. “Amados, se o nosso coração não nos condenar, temos confiança diante de Deus e recebemos dele tudo o que pedimos, porque obedecemos aos seus mandamentos e fazemos o que lhe agrada. E este é o seu mandamento: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e que nos amemos uns aos outros, como ele nos ordenou. Os que obedecem aos seus mandamentos permanecem nele, e ele neles. Deste modo sabemos que ele permanece em nós: pelo Espírito que nos deu” (1 João 3: 21-24). O que disse? “Deste modo sabemos que ele permanece em nós: pelo Espírito que nos deu”.

Extraído de:
http://www.vincentcheung.com/2017/01/16/the-gospel-guarantee-of-self-knowledge/

Traduzido por: Dione Cândido Jr.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

OCASIONALISMO: UMA QUESTÃO DE METAFÍSICA – Vincent Cheung

Quando me refiro ao ocasionalismo (falo apenas por minha versão), estou falando primeiramente sobre metafísica, não epistemologia. Quando eu o aplico na epistemologia, é a metafísica da epistemologia, ou o aspecto metafísico da epistemologia.
Parece muito pouco frequente encontrar um filósofo que inclua uma metafísica da sua epistemologia - não uma metafísica a parte da sua epistemologia, mas uma metafísica da sua epistemologia. No entanto, a metafísica é essencial, porque o conhecimento não acontece sem a realidade (por definição, nada acontece sem a realidade), de modo que a visão do conhecimento está incompleta e, de fato, impossível sem uma visão da realidade, e esta visão da realidade deve ser coesa à visão do conhecimento. Podemos argumentar sobre qual precisamos falar primeiramente, mas, finalmente, precisamos de ambas, e elas precisam concordar entre si e apoiar uma à outra.
O empirista afirma que o conhecimento vem da sensação, mas metafisicamente, como isso pode acontecer, e como isso acontece? Que tipo de mundo é este, em que o que ele diz é possível e verdadeiro? Esta deve ser uma realidade em que é possível e verdadeiro a sua teoria do conhecimento, e sua teoria do conhecimento deve ser capaz de explorar e explicar essa visão da realidade. Se ele falhar em metafísica ou epistemologia, ou se ele falhar quando relacionando as duas, então ambas, a metafísica e a epistemologia, irão desmoronar.
Isso é simples. Há duas coisas. Elas são duas grandes coisas. Elas são duas grandes coisas diferentes. Mas mesmo isso parecendo grande para algumas pessoas, para que elas assumam para si a tarefa de pontífice, contudo elas não podem sequer distinguir e manter o controle sobre estes tópicos grandes-demais-para-falhar. Existem ainda algumas pessoas que, achando-se inteligentes, declaram que meu ocasionalismo é como o empirismo, ou apenas o empirismo disfarçado, já que às vezes falo sobre o que pode acontecer numa mente quando ocorre uma sensação. Ora, embora o ocasionalismo lhes seja estranho, parece que eles também são ignorantes sobre o empirismo, porque se eles entendem de ocasionalismo ou empirismo, seria impossível fazerem uma crítica assim.
Sob o empirismo, o conhecimento vem das sensações, e as sensações são basicamente confiáveis (seja lá o que isso signifique). Sob o ocasionalismo, nada provém das sensações e quais delas vem à mente não tem nada a ver diretamente com as sensações, pode ser completamente diferente, independente de, e mesmo contrário aos objetos e eventos que ocasionaram as sensações. Na verdade, um pensamento pode ocorrer na mente sem as sensações correspondentes, ou dez mil sensações podem ocorrer sem qualquer pensamento chegar à mente. Como isso é empirismo? Talvez eles tenham dificuldade com isso porque a questão da metafísica, ou da metafísica da epistemologia, nem mesmo ocorreu a eles, e seja o que for que eu diga, eles ainda estão detidos na avaliação da aquisição de conhecimento, enquanto estou falando sobre um tópico diferente. Eu estou oferecendo algo que eles não percebem que precisam.
Sob o empirismo, se você vê um carro vermelho, você pensa estar supondo que você vê um carro vermelho, e você pensa isso porque você tem a sensação de que você vê um carro vermelho. Sob o ocasionalismo, se você olhar para um carro vermelho, na ocasião em que isso acontece, o pensamento que pode ocorrer em sua mente é de que você vê um elefante verde, ou de que você sente cheiro de café, ou de que você realmente vê um carro vermelho, ou nenhum pensamento pode ocorrer de todo. Não tem nada a ver com que se o pensamento é verdadeiro ou falso, e não tem nada a ver com julgar se o pensamento é verdadeiro ou falso. Deus causa dois eventos independentes, mas na mesma “ocasião”, para que eles pareçam estar relacionados, quando na verdade não são relacionados em si mesmos. Como isso é empirismo?
Você se pergunda, se isso não tem nada a ver com julgar um pensamento, então o que é bom? Mais uma vez, nós não estamos falando sobre esse tópico. Isso é metafísica. Eu estou falando sobre ser e causa. É uma descrição de como algo acontece, e como ocorre alguma coisa. Essa é a mesma descrição que eu utilizo para a vontade humana, a colisão de objetos, a digestão de alimentos, e tudo o que acontece na realidade. Deus faz com que cada coisa aconteça, e cada coisa não está relacionada à outra coisa, exceto pela relação aparente de que Deus arranja, quando ele causa, com que duas coisas ocorram na mesma “ocasião”. Não é epistemologia como tal, mas deve ser aplicado à epistemologia, porque a realidade inclui o conhecimento, e o conhecimento precisa “acontecer” na realidade, assim como alguma coisa precisa acontecer na realidade.
Ocasionalismo, de imediato, não tem nada a ver com ser algo é verdadeiro ou falso, bom ou mau. Ele só tem a ver com o fato de que algo acontece. Podemos tomar uma analogia a partir da diferença entre a física e a ética. A física pode descrever como uma pessoa que pega uma faca e a pressiona contra outra pessoa. Mesmo “pessoa” e “faca” não estando estritamente sob a física iremos permitir os verbos, nós podemos dizer, “A pega B, e pressiona B contra C”. Isso não tem nada a ver com o bem e o mal. É apenas uma descrição de um evento. Você não pode nem mesmo chamar isso de “matar” a menos que você traga biologia dentro disso. Alguém poderia perder o ponto se ele acusa essa declaração da física como uma teoria defeituosa da ética, visto que não lhe diz se o evento é bom ou mau. Qualquer teoria da física seria imune a uma crítica tão absurda assim, pois seria um erro categórico. Você poderia chamá-lo de assassinato somente sob a ética, e faria este julgamento de acordo com os princípios morais de sua visão de mundo.
A física e a biologia são necessárias para este caso de ética, e assumidas, mesmo se não mencionadas, visto que um caso de assassinato deverá acontecer na realidade. O ocasionalismo descreve, a partir da perspectiva metafísica, porque você pode ter um pensamento quando ocorre uma sensação, mas não aborda diretamente a questão de saber se o pensamento é verdadeiro. Ele está falando de metafísica. A verdade é avaliada por um outro conjunto de princípios, tais como as leis da lógica e os axiomas de um sistema. Se você não pode julgar algo como verdadeiro pelos princípios epistemológicos da sua visão de mundo, então você não os conhece como verdade de acordo com sua visão de mundo. Você poderia, no entanto, ainda mantê-lo conforme a sua opinião.
Por alguma razão, parece que muitas pessoas não têm a capacidade mental em considerar eventos como eventos. Assassinato, conforme assassinato, é eticamente errado, mas é possível falar sobre o assassinato como um evento partindo apenas de perspectivas metafísicas, físicas e biológicas. Assim eu me refiro a Deus como “o autor do pecado” sob a perspectiva da metafísica ou da ontologia, porque ele é o autor de cada objeto e de cada evento neste sentido. De alguma forma, essas pessoas não envolvem suas mentes em torno disso. No entanto, isso não é algum espetáculo secundário da teologia, mas a base de tudo. Se você não reconhece esse ponto, então, em princípio, não pode avançar para qualquer outra coisa no seu sistema.
Assim como aquelas pessoas que não podem distinguir metafísica de epistemologia, ou conceber a necessidade de metafísica para a epistemologia, parece que alguns cristãos não têm a capacidade mental para distinguir entre teologia/metafísica e soteriologia/ética, e concebem a necessidade de uma teologia/metafísica para soteriologia/ética. Pessoas os perguntam sobre uma questão de metafísica, como se o homem dispõe de livre-arbítrio, e eles respondem com algo de soteriologia, como dizer que a verdadeira liberdade é a obediência a Deus. Isso, entretanto, não aborda o tema. Eles necessitam de inteligência para fazer distinções categóricas básicas. Essas pessoas não são qualificadas para julgar o que eu digo.

Extraído de: http://www.vincentcheung.com/…/occasionalism-a-matter-of-m…/
Traduzido por Dione Junior

A SABEDORIA E PODER DE DEUS – Vincent Cheung

"De fato, a mensagem da morte de Cristo na cruz é loucura para os que estão se perdendo; mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus. Pois as Escrituras Sagradas dizem:
“Destruirei a sabedoria dos sábios e acabarei com o conhecimento dos instruídos.”

Então, o que poderão dizer os sábios e os instruídos? O que vão dizer os grandes oradores deste mundo? Deus tem mostrado que a sabedoria deste mundo é loucura. Pois Deus, na sua sabedoria, não deixou que os seres humanos o conhecessem por meio da sabedoria deles. Pelo contrário, resolveu salvar aqueles que creem e fez isso por meio da mensagem que anunciamos, a qual é chamada de “louca”.

Os judeus pedem milagres como prova, e os não judeus procuram a sabedoria. Mas nós anunciamos o Cristo crucificado — uma mensagem que para os judeus é ofensa e para os não judeus é loucura. Mas para aqueles que Deus tem chamado, tanto judeus como não judeus, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus. Pois aquilo que parece ser a loucura de Deus é mais sábio do que a sabedoria humana, e aquilo que parece ser a fraqueza de Deus é mais forte do que a força humana.

Agora, meus irmãos, lembrem do que vocês eram quando Deus os chamou. Do ponto de vista humano poucos de vocês eram sábios ou poderosos ou de famílias importantes. Para envergonhar os sábios, Deus escolheu aquilo que o mundo acha que é loucura; e, para envergonhar os poderosos, ele escolheu o que o mundo acha fraco. Para destruir o que o mundo pensa que é importante, Deus escolheu aquilo que o mundo despreza, acha humilde e diz que não tem valor. Isso quer dizer que ninguém pode ficar orgulhoso, pois sabe que está sendo visto por Deus.

Porém Deus uniu vocês com Cristo Jesus e fez com que Cristo seja a nossa sabedoria. E é por meio de Cristo que somos aceitos por Deus, nos tornamos o povo de Deus e somos salvos. Portanto, como as Escrituras Sagradas dizem: “Quem quiser se orgulhar, que se orgulhe daquilo que o Senhor faz.”
(1 Coríntios 1: 18-31, NTLH)

A fé Cristã, esta mensagem sobre Jesus Cristo, é uma revelação do poder e  sabedoria de Deus. Os não cristãos não pensam assim porque têm padrões diferentes – padrões falsos e irracionais. Os judeus e os gregos tinham perspectivas diferentes. Um buscava poder respeitado e o outro a suprema filosofia; no entanto,  nenhum dos dois pensava que uma doutrina sobre um homem crucificado pudesse ser a resposta para as questões e problemas da humanidade.

Os não cristãos são essencialmente os mesmos, mas nem todos pensam exatamente da mesma forma. Alguns se inclinam à política; outros enfatizam a economia; e ainda outros pensam que a ciência é a salvadora da humanidade. Então, há outros que percebem que essas coisas são fúteis, mas que a chave está na religião e espiritualidade. Assim, fazem um ídolo e se inclinam diante dele. Alguns   chegam a fazer até quinhentos. Outros tentam um pouco de meditação. Embora pareçam diferir, por seus padrões de julgamento, todos concordam que uma mensagem sobre um homem que foi pregado numa cruz não pode ser a única e definitiva solução para todos os males humanos. Claro, se eles não pensassem assim, eles já seriam cristãos.

Os não cristãos usam padrões errados de julgamento porque, apesar de se acharem espertos, na realidade são todos estúpidos. E embora pensem que são intelectualmente honestos,  na verdade, são todos hipócritas delirantes. Eles acham que não precisam de Deus para lhes dizer qualquer coisa. Se algo existir, eles o descobrirão por seus próprios métodos. Se algo é verdade, eles descobrirão por sua própria sabedoria. Mesmo Deus, insistem eles, não pode se esconder deles. Eles supõem que, se não podem descobrir ou entender algo, então em primeiro lugar, esse algo não pode existir. Assim, se consideram o ponto de referência final para todo pensamento e investigação, o centro de toda a existência.

Isto é notavelmente similar àqueles teólogos que declaram que certas doutrinas bíblicas estão além da compreensão humana; mas incompreensíveis às nossas mentes humanas finitas, não porque haja evidência bíblica afirmando isso, mas porque eles mesmos não podem entender essas doutrinas. Em outras palavras, eles seguem a sabedoria demoníaca dos não cristãos ao se tornarem o ponto de referência final para todo pensamento e investigação, o centro de toda a existência, e o próprio padrão do que é possível ao intelecto humano. Se não conseguem entender alguma coisa, isso significa que nenhum homem em toda a história pode entendê-la. Isso é o que eles chamam de humildade! Em todo caso, os não cristãos chamam o evangelho de tolice, não porque o evangelho é de fato tolice, mas porque são tão estúpidos e egocêntricos que não reconhecem a sabedoria de Deus. E o que esses incrédulos chamam de absurdo e tolice, os teólogos chamam de mistérios e paradoxos. Assim, os não cristãos abertamente blasfemam, e os teólogos fazem o mesmo, mas se escondem atrás de eufemismos. Estes são alguns dos mais odiosos e destrutivos encrenqueiros da igreja.

Tudo isso é pelo desígnio de Deus. Já que os não cristãos e os 'cristãos' que seguem seus modo de pensar, recusam-se a se humilhar e aprender de Deus, mas fazem do intelecto não renovado o juiz de todas as coisas, “Deus em sua sabedoria providenciou para que o mundo nunca o conhecesse através da sabedoria humana ”. Deus cuida para que os não cristãos nunca tenham sucesso, mas para que sempre se afundem em perpétua especulação e confusão. E, em vez de permitir que os teólogos compreendam a simplicidade e a coerência da fé, Ele os leva a aprofundar-se cada vez mais em mistérios, paradoxos e absurdos. Eles reivindicam honrar a Deus com suas mentes, mas se recusam a aceitar o que Deus ensina, e a reconhecer a inerente coerência e perfeição da sua revelação.

Então Deus zomba deles. Ele os faz de tolos. Permite que não cristãos busquem suas ciências e filosofias, mas todas essas falácias compostas a partir de falácias, resultam em absurdos. Ele garante que eles nunca O conhecerão por seus próprios métodos e poderes. Porém, uma vez que Deus é o Princípio mais básico de toda a realidade, isso significa que, por suas ciências e filosofias, os não cristãos nunca poderão descobrir a verdade sobre a realidade. Eles acham que a ciência é um contato direto com a realidade, mas a verdade é que ela não tem nenhum contato inteligente com ela. Pensam que sua filosofia é um exercício da razão, mas a verdade é que ela está completamente fora de contato com o real e o racional; e há apenas o fogo do inferno no final. Deus observa e zomba deles.

Então, Ele permite que os teólogos cristãos se gabem de sua finitude e confusão. Em vez de aprender a verdade e ensiná-la ao povo de Deus em toda a sua simplicidade e perfeição, eles fazem do evangelho um espetáculo de magia. Aqui um mistério, há um paradoxo e em toda parte uma contradição. Agora eles acreditam nisso, então eles acreditam no oposto, e então acreditam em ambos ao mesmo tempo! Eles culpam a Bíblia e afirmam que a ela ensina os dois lados de uma contradição. A verdade é que a Bíblia ensina apenas um lado, mas eles também querem acreditar no oposto, e assim querem afirmar ambos. Deus declara um ensinamento em proposições simples e diretas, e eles imediatamente o obscurecem com slogans religiosos, até que o sibilo da serpente abafa a voz do pastor. Eles se recusam a entrar no local de descanso e clareza, e não deixam outros entrarem. O mundo observa e zomba deles. Os teólogos se levantam e se defendem, mas nem sequer sabem qual é o caminho para cima ou para baixo, ou talvez ambos estejam para cima e para baixo – porque não podem fazer sentido e se orgulham disso – o mundo ri e se endurece em sua incredulidade. Este é o castigo de Deus contra os teólogos e contra uma igreja que os admira.

Deus diz aos não cristãos: “Você acha que é tão inteligente. Vou me certificar de que sua esperteza nunca toque a verdade. Eu apresentarei a verdade de uma maneira que ofenda suas suposições intelectuais. Você acha que é tão poderoso. Eu me certificarei de que seu poder nunca alcance nada que valha a pena. Eu manifestarei meu poder de uma maneira que você considerará como uma fraqueza extrema. Eu me certificarei de que você nunca alcançará a salvação, de qualquer maneira que seja confortável para o seu pensamento”. Assim, a história dos não cristãos é uma história de fracasso, e também de autoilusão em relação ao seu sucesso e progresso. Eles zombam do evangelho, mas o evangelho é a única coisa – a única coisa – que poderia salvá-los. Então em resposta Deus zomba deles, mostrando-lhes o que eles não esperariam, e o que recusariam. Ele os faz sofrer sua própria zombaria, tornando o caminho da salvação algo que eles não poderiam aceitar. E o que acontece com aqueles pregadores e teólogos que fingem ser especialistas, mas zombam da fé Cristã? Deus zomba deles e os embaraça perante o mundo. O cristão que tem um coração puro, como uma criancinha, e que não se importa se alguém é reverendo a isso ou doutor aquilo, exclama: “Olhem, os teólogos estão nus!

“Deus escolheu aquilo que o mundo acha que é loucura; e, para envergonhar os poderosos, ele escolheu o que o mundo acha fraco. Para destruir o que o mundo pensa que é importante”.
Vemos isso em tantas coisas que Deus faz. Os não cristãos estimam o poder e a sabedoria humanos, mas Deus colocou suas únicas esperanças na Cruz. Os judeus confiavam em sua ancestralidade natural e em seu próprio esforço, mas Deus salvou os não judeus por Jesus Cristo através da fé. Alguns são educados e influentes, mas Deus escolheu os fracos do mundo, encheu-os de seu Espírito e os separou para desafiar os poderes humanos e pregar sua mensagem.

Há aqueles que afirmam ser cristãos, mas que têm problemas com a doutrina da inspiração da Escritura. Eles pensam que são honestos e pensantes, mas na realidade são hipócritas não cristãos que fingem ser cristãos. Deus compilou seus pensamentos em um livro, registrado por homens que o mundo desprezou, mas que foram compelidos pelo seu Espírito. Os eruditos professam buscar sabedoria, mas se recusam a ouvi-la de Deus. Assim, Ele coloca diante deles o mais poderoso e o único sistema intelectual verdadeiro existente – a mesma coisa que eles supostamente buscam, a busca de sua vida e o santo graal de todos os intelectuais – e eles são incapazes de aceitá-lo.

Novamente, "Deus em sua sabedoria fez com que o mundo nunca o conhecesse através da sabedoria humana". O tesouro é protegido à vista de todos. A fé Cristã é um testemunho contra a insensatez e a desonestidade dos não cristãos. E expõe aqueles que se infiltram na igreja e fingem ser um de nós. Um não cristão não pode verdadeiramente aceitar a doutrina da inspiração da Escritura, ou a divindade de Cristo, ou a expiação. Ele sempre verá a revelação de Deus como errada e tola. Se ele se forçar para professar a fé, sempre verá mistérios, paradoxos e contradições. Ele sempre verá problemas. Ele sempre verá algo que não está contido nela. E quando os cristãos oferecerem soluções, ele as recusará, mesmo que não possa refutá-las. Este é o desígnio de Deus.

Os não cristãos, que são eles mesmos tolos, não sabem julgar ou distinguir entre a verdade e o erro. Eles consideram o que é bom como o mal e o que é mau como bom. E consideram o que é sábio como tolo e o que é tolo como sábio. Os cristãos eram ao mesmo tempo não cristãos e sujeitos à mesma confusão. Mas Deus dá discernimento àqueles a quem Ele deseja salvar de sua ira, de modo que eles agora percebem a fé Cristã como o que ela realmente é – o próprio poder e sabedoria de Deus. Eles percebem que não há imperfeição na fé Cristã, nem mesmo aparentes. Não há nada que a confunda ou a mistifique. Existe apenas verdade, beleza e poder supremos. Um teólogo disse que todas as doutrinas bíblicas terminam em paradoxo, embora ele não apresentasse nada que de imediato não pudesse ser resolvido. Isto não é um sinal de sabedoria e reverência, mas de profunda incredulidade, depravação e incompetência intelectual. Como cristão, vejo nelas apenas simplicidade, coerência e perfeição.

Traduzido de http://www.vincentcheung.com/2011/01/04/the-wisdom-and-power-of-god/  por Cristiano Lima

quarta-feira, 20 de junho de 2018

APROVADO POR DEUS – Vincent Cheung

"Israelitas, ouçam estas palavras: Jesus de Nazaré foi aprovado por Deus diante de vocês por meio de milagres, maravilhas e sinais, que Deus fez entre vocês por intermédio dele, como vocês mesmos sabem. Este homem lhes foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o na cruz. Mas Deus o ressuscitou dos mortos, rompendo os laços da morte, porque era impossível que a morte o retivesse". (Atos 2: 22-24)

Uma importante função dos milagres é confirmar os mensageiros de Deus e seus ministérios. Mas ao contrário da incredulidade e da tradição, a Bíblia nunca sugere que Deus realiza milagres apenas para autenticar novas revelações ou que, mesmo após o Pentecostes, Ele os realizaria apenas através de alguns crentes especiais. De fato, mesmo antes de Pentecostes, Jesus permitiu a um homem realizar milagres por si mesmo, sem associação direta com o seu ministério ou o dos apóstolos (Marcos 9: 38-41).

Se você deseja ajudar pessoas em nome de Jesus, mesmo que seja preciso um milagre, você não precisa da permissão dos pregadores e teólogos, ou dos seminários e denominações. Apenas vá em frente e faça-o. Jesus endossou isso. Ele disse: "Ninguém que faça um milagre em meu nome, pode falar mal de mim logo em seguida, pois quem não é contra nós está a nosso favor." Mas o que Ele diria sobre aqueles que se opõem a você? Nunca permita que meros homens substituam a autoridade de Jesus em sua vida. Amaldiçoe todos ao inferno antes de deixar isso acontecer.

A Bíblia nunca sugere que Deus não faria milagres para autenticar a velha revelação. Além disso, uma antiga revelação poderia exigir milagres contínuos em todas as gerações futuras. Suponha que o patriarca  Johnson declare: "Prometo que os membros da família Johnson emprestariam dinheiro aos membros da família Harrison em todas as gerações futuras." Essa promessa implicaria emprestar dinheiro a alguém da família Harrison mais de uma vez e em mais do que em uma geração. Emitir um empréstimo, cinco ou dez e por apenas um século ou dois não cumpriria a promessa. A promessa é tão ampla que poderia implicar emprestar dinheiro a milhares de membros da família Harrison por centenas de gerações, até a extinção da família Harrison ou o fim da história humana.

Assim, Jesus disse que Ele curou uma mulher com base no fato de que ela era descendente de Abraão (Lucas 13:16). Mesmo que a autenticação de seu ministério fosse incluída no quadro mais amplo, sua razão explícita era compensar uma antiga revelação e não confirmar uma nova. E a base para o milagre não foi que Deus fez uma promessa em particular, para curar essa mulher, mas que Ele fez uma promessa muito mais ampla de abençoar os filhos de Abraão. Assim, desde que esta foi uma base válida para curar esta mulher em particular, e desde que a promessa de Deus a Abraão permanece para sempre, foi e é uma base para a cura de todos os que estão incluídos na mesma categoria.

Agora, a promessa não está restrita aos descendentes naturais de Israel. De fato, não é destinado principalmente aos descendentes naturais de Israel. Como Paulo escreve: "Pois nem todos os descendentes de Israel são Israel." (Romanos 9: 6). Antes, “Saibam então que são os da fé que são filhos de Abraão. E a Escritura, prevendo que Deus justificaria os gentios pela fé, pregou o evangelho de antemão a Abraão, dizendo: 'Em ti todas as nações serão abençoadas'. Assim, os que são da fé são abençoados juntamente com Abraão, homem de fé”. (Gálatas 3: 7-9, ESV).

Portanto, cada um que tem fé em Jesus Cristo está na mesma base que esta mulher que recebeu a cura e tem o direito de possuir a mesma bênção sem qualquer alteração. Qualquer um que negue isso rejeita o próprio fundamento da fé Cristã e deve ser condenado como herege. A Bíblia é completa e suficiente. Isto significa que é a Palavra definitiva sobre o assunto, e uma vez que Deus é Fiel à sua Palavra, as bênçãos de Abraão que recebemos através de Jesus Cristo pela fé nunca poderiam ser anuladas. Visto que a Bíblia é completa e suficiente, não resta desculpa para negar que a cura pela fé em Jesus Cristo deveria ser uma ocorrência comum na igreja.

É inútil espiritualizar essa cura. Tanto a cura física quanto espiritual foram necessárias como diferentes bênçãos e fornecidas como diferentes bênçãos ao longo da história da humanidade. Não é como se aqueles que viveram antes de Cristo recebessem a cura física, mas depois todos foram para o inferno. Cura física e espiritual são discutidas como bênçãos relacionadas mas distintas ao longo da história da revelação – em toda a Bíblia. A cura física não pode ser espiritualizada, de modo que se torne apenas o perdão do pecado.

Alguns fazem o desafio: “Se a cura é prometida à fé, então por que nem todos são curados?” Essa é uma objeção muito estúpida e hipócrita. Jesus Cristo comprou com seu próprio sangue a santidade completa para aqueles que creem, então por que os crentes ainda pecam? As mesmas pessoas que fazem a objeção contra a cura física discordariam de longas exposições sobre a aplicação progressiva dos benefícios da redenção, mas quando se trata de cura física, de alguma forma a doutrina deve estar equivocada se todos não estiverem completamente curados agora. Que raça de víboras! Que bando de hipócritas religiosos e sepulcros caiados de branco!

Há várias razões para que Deus realize milagres além de autenticar revelações antigas e novas. Uma das mais significativas é que Ele tem compaixão por atender às nossas necessidades e desejos práticos.

Um homem rico poderia doar cem milhões de dólares para um orfanato para mostrar que ele é rico e que tal quantia não é nada para ele. O homem é apenas um servo, e ele não deve se gabar de suas riquezas ou cobiçar a aprovação dos outros. Mas, para Deus, se mostrar é inteiramente apropriado, porque Ele é inerentemente digno de louvor e adoração. É correto para um Ser que deveria ser adorado exigir a adoração. Assim, é bom que Deus mostre sua glória, embora não seja bom para um homem fazer o mesmo. O homem rico é apenas uma analogia.

Dito isto, pode ser que o homem ofereça tanto dinheiro porque tem compaixão pelos órfãos. Para aqueles que não têm nenhum conceito de compaixão, essa possibilidade não surgiria quando eles teorizam sobre seus motivos. Por outro lado, para aqueles que estão em contato com o coração de Deus e que têm compaixão pelo sofrimento dos outros, essa é uma razão mais óbvia e duradoura que fortalece sua fé. A Bíblia ensina que Jesus curou as pessoas porque Ele tinha compaixão delas. Se não podemos ver isso, ou se em nosso zelo assassino de reprimir os milagres modernos nos tornamos cegos para o fato de que Ele ainda tem compaixão pelas pessoas, então é porque não temos nenhuma. É porque não o conhecemos. É porque não somos nada como Ele.

Sempre seja altamente suspeito e desdenhoso para com aqueles que apresentam os milagres de Cristo como se fossem apenas para confirmar seu ministério. Sua estreita concepção do ministério de milagres é muito provavelmente uma indicação de sua vida espiritual estreita e motivos para servir a Deus. Sua cegueira espiritual é então refletida em sua interpretação de Cristo, e eles inventam restrições sobre o ministério de milagres, impondo períodos e razões não bíblicos, a fim de se justificar e explicar seus fracassos.

Mas a incredulidade reclama: “Por que Ele tem que fazer milagres? Por que Ele não nos encontra sempre através da providência comum? E se Ele realiza milagres, por que Ele frequentemente o faz ao dotar seu povo com dons sobrenaturais? ” Essas questões são irrelevantes com respeito a se Deus faz ou não milagres, mas apenas relevantes quando o assunto é aceito e uma compreensão mais profunda é desejada. Poderíamos facilmente perguntar o oposto: “Por que Deus não nos ajuda sempre através de milagres? E quando Ele realiza milagres, por que Ele frequentemente o faz separado do envolvimento humano, e sem usar os dons sobrenaturais que Ele lhe deu?” Assim, quanto à questão de se Deus realiza milagres e se Ele os faz através de dons sobrenaturais, estas perguntas são disfarces e desculpas.

Deus poderia escolher realizar milagres às vezes porque Ele deseja demonstrar de maneira mais acentuada seu Poder, Presença e Compaixão, ou quando eles são milagres de julgamento, sua Santidade e Severidade. Ele poderia optar por fazer milagres através de seus servos, a fim de garantir o respeito por parte da igreja e a unidade entre seu povo. Mas às vezes Ele poderia optar por realizar milagres sem instrumentos humanos para nos lembrar que todos os milagres vêm de Deus somente, e que Ele não requer nossa assistência e cooperação. Há tantas explicações que podemos fornecer, mas estas são, novamente, irrelevantes para a questão de se Deus realiza ou não milagres hoje e se os realiza ou não através de seu povo.

Deus fará o que quiser em qualquer época que Ele quiser da maneira que quiser. Exigir respostas neste contexto revela a descrença e a rebelião. Você faz essas perguntas como se desafiasse a teologia de outra pessoa, mas elas constituem um ataque à soberania de Deus. Se você deseja destronar a Deus e tomar o seu lugar – e eu sei que você faz porque você fala assim – então levante-se contra Ele. Desafie-o e agarre seu trono. Até lá, sua desaprovação não significa nada.

Tendo dito tudo isso, resta que uma função dos milagres é confirmar o mensageiro de Deus e Ele autenticou a Jesus Cristo com milagres, sinais e maravilhas. Jesus curou os enfermos, expulsou demônios, ressuscitou os mortos, multiplicou alimento, andou sobre a água, acalmou a tempestade, amaldiçoou uma árvore até a morte e realizou outros milagres, e ainda muitos por serem completamente registrados. Além disso, Deus o endossou enviando seu Espírito sobre Ele à semelhança de uma pomba, enviou Moisés e Elias para falar com Ele e trovejou do céu: “Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no!"

Pedro disse que os judeus sabiam sobre esses milagres, mas ainda conspiraram contra Ele. De fato, seu ódio por Cristo era ainda mais forte do que o desprezo dos gentios, de modo que usaram os romanos para assassiná-lo. Eles conspiraram contra Jesus e acharam que tinham conseguido. Mas eles tocaram nas mãos de Deus, pois Jesus estava destinado a sofrer a morte de um criminoso, a fim de fazer expiação por nós. Eles não poderiam derrotá-lo, pois Deus o ressuscitou dos mortos e, agora, crendo Nele, somos salvos de nossos pecados e da corrupção deste mundo.

Hoje, as pessoas religiosas continuam a conspirar contra Jesus Cristo, mesmo enquanto Ele continua a se defender através de seu Espírito e até mesmo enquanto seu povo continua a testemunhar sobre seu poder e compaixão. Mas eles tocaram diretamente nas mãos de Deus, pois, por sua oposição à verdade, sua incredulidade é desmascarada. Eles não puderam deixar de expressar sua insatisfação com Cristo e sua condenação do poder contínuo de seu Espírito. Seu próprio testemunho revela a insatisfação de Deus com eles e sua condenação de sua incredulidade e tradição. Jesus Cristo não pode ser derrotado. Ele fará o que quiser, e realizará suas obras poderosas através de qualquer pessoa que desejar, em qualquer geração que deseje fazê-las.

Portanto, pregamos a Jesus Cristo – o mesmo ontem, hoje e eternamente. Ele ainda tem misericórdia daqueles que precisam do perdão. Ele ainda tem compaixão por aqueles que precisam de cura. E Ele está aqui para realizar uma obra poderosa, mesmo quando os homens são incapazes e indispostos. Sempre há esperança em Jesus. Nunca permita que as pessoas lhe digam que é inútil procurar o mesmo Jesus que você vê na Bíblia. Eles não são seus amigos e não são seus. Olhe para as Escrituras e testemunhe por si mesmo o verdadeiro e único Jesus Cristo. Confie Nele e diga aos outros para fazerem o mesmo.

Traduzido de  " http://www.vincentcheung.com/2012/06/07/accredited-by-god/ " por Cristiano Lima.

O PROFESSOR DA FÉ EXTREMA – Vincent Cheung

Conteúdo:

1. As Obras Maiores
2. Se vocês tiverem fé!
3. Vocês terão o que disserem
4. Atualizem os Mapas!
5. Jesus ao Máximo

Pouco tempo antes de ser preso, Jesus disse aos seus discípulos: "Digo-lhes a verdade: qualquer que tem fé em mim fará as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai "(João 14:12).

Essa declaração é tão clara que não deveria precisar de uma explicação, a não ser que se quisesse explicá-la. Como esperado, os cristãos consideram o que Jesus disse como sem importância, porque  não permitiriam que Deus ensinasse algo diferente do que eles acreditam.  Assim, o consenso é que a declaração de Jesus não significava que seus discípulos realizariam milagres maiores, mas que Ele estava se referindo à obras como pregação e caridade, não a milagres, e Ele estava se referindo a maiores resultados em termos de quantidade e não de qualidade ou de grau de poder.

Alguns cristãos são  ansiosos para condenar o que eles chamam de uma teologia dos "pequenos deuses", muitas vezes associada aos "professores da fé" do "movimento da fé" ou da teologia "palavra da fé". Esses professores da fé são indivíduos descuidados, cujas doutrinas são interpretadas de forma ainda mais descuidada, e muitas vezes fraudulentamente torcidas, de modo que os elementos bíblicos, porém indesejados, em seus ensinamentos possam ser condenados juntamente com eles. No entanto, muito antes desse movimento aparecer, os cristãos tinham considerado os apóstolos como "pequenos deuses", não por causa da forma como as Escrituras os descrevem, mas afim de que não precisassem seguir seu modelo de fé. Se devemos atacar uma teologia dos "pequenos deuses", então deveríamos primeiro abordar diretamente os Evangélicos, os Reformados, os Batistas, os Católicos e os que têm tornado a fé de Jesus Cristo em culto aos apóstolos. Eles são os originais hereges dos "pequenos deuses", só que não ousam se considerar "pequenos deuses", em vez disso, atribuem esse status a outros homens. É como a doutrina budista dos Dezoito Arhats, ou Louhans.

Entre outras coisas, essa heresia tem produzido uma carga auto-infligida sobre uma doutrina essencial como a inspiração bíblica. Se os apóstolos fossem únicos da maneira que essas pessoas reivindicam, e se isso capacitou os apóstolos a escreverem as Escrituras, então eles fizeram vulneráveis, todas as partes da Escritura, escritas e compiladas por aqueles que não eram profetas e apóstolos. Então, eles acrescentam a isso que também conta, se alguém estava intimamente relacionado com um profeta ou apóstolo. Por que? Quem criou essa regra?  E quão intimamente relacionado eles deveriam estar? Eles iriam inventar essas coisas até que tudo esteja coberto, ou até que as pessoas parem de perguntar. É uma abordagem de tapa buracos para teologia e apologética, e eles nunca cobriram todos os buracos.

Eles inventaram uma falsa teoria em que se apoiaram em um canto, e então não conseguiram encontrar uma maneira de voltar. Eles contaram uma mentira, e agora devem contar outra para cobrir o problema produzido pela primeira, então outra, então outra. Esses cristãos se autodestroem mesmo antes que os incrédulos pronunciem qualquer palavra. Eles são os principais inimigos da inspiração da Escritura, e então ousam corrigir a outras pessoas. Que bando de incompetentes fariseus hipócritas!  Por outro lado, eu digo que apenas Deus escreveu e compilou as Escrituras. Foi uma produção tão direta que deveríamos dizer que Ele as soprou de si mesmo (2 Timóteo 3:16). Embora Ele usasse pessoas no processo, incluindo profetas e apóstolos, Ele poderia ter usado qualquer pessoa ou qualquer coisa para fazer isso. E mesmo agora, é  Ele quem continua a preservar sua palavra.

Retratando-se como o melhor tipo de cristãos, essas pessoas afirmam que são centradas em Deus e que outros crentes são egocêntricos, pois constantemente falam sobre cura, prosperidade, benção e felicidade. Eles se recusam a reconhecer que esses, 'cristãos egocêntricos' também falam constantemente de pregar aos perdidos e dar aos pobres, muito mais que os críticos, e eles fazem essas coisas, algumas delas diariamente.  Preste atenção ao tipo de viés que influencia a principal corrente de interpretação da Escritura. Como as pessoas pensam? Quais são os seus pressupostos, pelos quais que elas abusariam das Escrituras de uma maneira particular? Eles são muito mais egocêntricos  do que aqueles que eles criticam. Sua interpretação mostra que eles pensam que se você fizer algo no ministério, o poder vem de você e o crédito é seu. Eles diriam que isso é uma falsa representação, mas isso é porque são muito estúpidos para saber o que seu próprio ensino implica. O uso que eles fazem das Escrituras os denuncia. Entenda que para eles, as obras maiores nunca podem significar maior em  qualidade ou em grau, porque isso significaria que os homens se tornariam maiores do que Jesus, já que os homens são os que realizam as obras e recebem a glória. Apesar de todas as suas canções e danças sobre a centralização de Deus, sobre ver Cristo em todas as páginas da Escritura; esta é a verdadeira face de sua teologia e a verdadeira condição de seus corações. É uma religião de homens e uma teologia de si mesmos. Embora considerem os apóstolos como "pequenos deuses", como uma classe superior de crentes, totalmente únicos, eles supõem que mesmo esses "semideuses" não poderiam ter realizado obras maiores do que Jesus em termos de qualidade ou grau, mas apenas em quantidade e extensão.

Uma vez que, mesmo os apóstolos não poderiam ter exercido maior poder, e Jesus não estivesse falando apenas aos apóstolos, mas a "qualquer um que têm fé em mim ", torna-se ainda mais certo de que Ele quis dizer, "maior" em quantidade e extensão, e que Ele estava principalmente se referindo à pregação, à caridade e coisas desse tipo, em vez de milagres'.

Essa interpretação faz sentido em uma religião de homens e em uma teologia de si mesmo. Se minha religião diz respeito à glória dos homens, então minha doutrina não excederia a quantidade de glória que eu atribuiria aos homens. Se minha teologia estiver centrada em mim mesmo, então minha interpretação proibiria qualquer coisa que eu não atribuiria a mim mesmo.

Os estudiosos cristãos dizem que um dos primeiros princípios da interpretação bíblica é ler uma passagem em seu contexto. Não extrair palavras e frases isoladas e, então, inferir delas o que você deseja. No entanto, eles seguem esse princípio somente quando lhes é conveniente, quando o resultado não contradiz sua tradição teológica.

Pouco antes do versículo 12, Jesus disse: "Creiam em mim quando digo que estou no Pai e que o Pai está em mim; ou pelo menos creiam por causa dos mesmos milagres” (v. 11). Mesmo que traduzamos isso como "obras" em vez de "milagres", permanece que Jesus realizou milagres, então suas obras incluiriam milagres. Além disso, o fato de que Ele disse que eles poderiam "crer" devido a essas obras sugere que Ele se referia principalmente aos seus milagres. E logo após o versículo 12, Jesus disse: "E farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho" (v. 13). Então Ele disse novamente: "O que vocês pedirem em meu nome, eu o farei” (v. 14).

Considere o quão inúteis são os estudiosos. Jesus se referiu duas vezes a algo que você "pedir", deixando quase nenhum lugar para algo como pregação ou caridade. Então, Ele disse que estava falando sobre algo que "eu farei", tornando impossível que Ele quisesse dizer algo como pregação ou caridade. Os versículos 11, 12, 13 e 14 se referem a milagres. Assim, o versículo 12 significa que os cristãos – não apóstolos, mas "qualquer um que tem fé em mim" - fariam os milagres que Jesus fez e que os cristãos fariam milagres ainda maiores do que os que Jesus fez.  Você grita, blasfêmia! "Como os homens podem realizar milagres maiores do que o Filho de Deus?" E ... te peguei.  Se a sua resposta indica ou assume algo como isso, você está acabado. Você tem uma religião de homens e uma teologia de si mesmo. O texto diz que Jesus faria essas coisas — não os apóstolos, e não você. Jesus disse que faria obras maiores e maiores, só que Ele as faria através do seu povo, através daqueles que têm fé nele. Nunca foi sobre você, mas em sua falsa e humilde teologia, você fez tudo sobre você, e apenas sobre você. O seu esquema retrocede, porque ele mostra que você só tem a si mesmo em mente o tempo todo, e a implicação necessária de sua doutrina é que mesmo o próprio Deus nunca pode fazer obras maiores do que aquelas que Ele realizou sob o ministério de Cristo. Isso faz de você um blasfemo.

Agora, em vez de atuar todo intelectual todo altivo, pretendendo ser um defensor da fé e se unindo para policiar o mundo cristão, quando eu falar, sente-se e cale-se. Você nem mesmo é capaz de ler. Você nem mesmo é capaz de ler uma frase antes ou uma frase após o verso em discussão. Então, mande essas frases latinas de volta de onde vieram.

Você chama pessoas para pregar a fé, para pregar a saúde e a riqueza e para receber as bênçãos de Deus? Você ataca as pessoas por sua pregação motivacional, por sua teologia egocêntrica? Homem, OLHE PARA SI MESMO! Você é uma fraude completa. Você é um Ph.D. que deveria ser enviado de volta à aula de leitura, e ainda quer "defender a fé.” Você quer parecer tão preocupado, tão comprometido com a cultura. Você grita rótulos religiosos que você não acredita. Tão piedoso. Tão zeloso. E tão especialista. Eu estou rindo muito de você.

As obras maiores em João 14 se referem a milagres maiores, e o significado de maior deve incluir qualidade e grau de poder.  Jesus é quem estaria realizando esses maiores milagres. Seus discípulos os fariam no sentido de que O estariam  representando e procurando realizar as Suas obras. Assim, o melhor que você pode dizer para justificar a incredulidade é choramingar: "Mas você não é Jesus. Você não é um apóstolo.” Essa desculpa entediante é contraproducente. De acordo com a própria declaração do Senhor, o fato de eu não ser Jesus é exatamente o que garante a possibilidade de que eu faria milagres ainda maiores em seu nome. É irrelevante se eu sou ou não um apóstolo. Depende de quem é Jesus, não de quem eu sou.

No entanto, por um momento, vamos assumir a falsa doutrina e fingir que Jesus quis dizer que faremos obras maiores somente em termos de quantidade – maior, em número e extensão. Mas não há nenhum alívio. Mesmo assim, Ele primeiro disse que aqueles que tiverem fé nele fariam as mesmas obras que Ele fez. Mais uma vez, isso expõe a natureza anticristã e anti-evangélica da teologia da incredulidade, uma teologia que é comum a quase todas as escolas de pensamento cristão.

Aqueles que têm fé fariam as mesmas obras que Ele fez, e Ele fez todos os tipos de milagres – milagres de cura, milagres da natureza, milagres de profecia e conhecimento, entre outros. Assim, mesmo que rejeitássemos o que Jesus disse sobre milagres mais fortes e permitamos apenas obras maiores em termos de número e alcance, isso significaria ainda que os cristãos deveriam fazer mais milagres de cura, mais milagres da natureza, mais milagres de exorcismo, mais milagres de ressurreição, mais milagres de profecia, mais de tudo o que Ele fez. Esta era o discipulado básico de Jesus. Não esqueça que suspendemos a segunda metade desta doutrina do evangelho por um momento, e devemos colocá-lo de volta. Jesus disse que os crentes não só fariam as mesmas obras, mas obras ainda maiores. Muitos carismáticos não admitiriam as obras maiores, e mal podem acreditar Nele com respeito às mesmas obras. É por isso que não me identifico com os carismáticos. Ao me chamar de carismático, você subestima o quão extrema é realmente minha doutrina. É tão extrema quanto o que Jesus disse. O que eu sou então?  Eu sou "qualquer um que tem fé” (João 14:12). A designação é incalculavelmente mais poderosa do que todos os outros rótulos combinados, mas apenas aqueles que afirmam a teologia mais extrema são dignos dela.

Em todo caso, como se para acrescentar  esse insulto à ofensa, a tradição humana tem consagrado em seus credos o fracasso de ter fé, e os cessacionistas fizeram disso um teste de ortodoxia para cuspir até mesmo as "mesmas" obras contra o rosto de Deus. Satanás chora com gratidão. Jesus disse que aqueles que têm fé fariam as mesmas obras que Ele fez. E disse que eles fariam obras ainda maiores.

O que devemos fazer se a nossa experiência não corresponde a estas básicas doutrina e comissão do Evangelho? A principal solução na história da Igreja tem sido lançar Jesus debaixo do ônibus e tirá-lo do caminho. Apenas devastamos completamente o Senhor e sigamos em frente com a nossa religião. Bela teologia, tão digna e satânica, que circula sobre Cristo por quinhentos anos. Este não é o caminho. A solução não é condenar a doutrina, mas afirmá-la ainda mais forte, mais e mais e mais.

Aqueles cristãos que alegam se preocupar tanto com a teologia e a ortodoxia, quando se veem atrasados ​​no conhecimento, não dizem que a solução é desistir do conhecimento. Não, eles transformam toda a experiência da igreja em uma grande classe de teologia. É uma excelente idéia, apenas se sua a teologia for correta!

Quando percebem que ficam aquém do padrão bíblico de santidade, eles não dizem que o fruto do Espírito deve ter sido reservado para os apóstolos. Não, eles pregam sobre isso ainda mais, uma e outra vez, de maneiras diferentes, no rádio, na televisão, nos livros e até mesmo postagens nas redes sociais. Aquilo com que se importam, eles falam constantemente, mesmo quando ainda não vivem a altura de suas doutrinas. Quando se trata de educação, capitalismo, democracia, até mesmo assistindo filmes e bebendo cerveja, você nunca ouvirá o fim dessas pessoas "centradas em deus". Oh! Você não pode fazê-los parar. Eles são tão interessados. Eles seguem em frente. Eles são tão especialistas. Eles têm opiniões tão fortes. Mas quando se trata do poder do céu, e quando se trata de levar a cura de Cristo às pessoas, ou sua direção e encorajamento profético, ou seus outros benefícios, eles endurecem seus corações.

Quando estudamos e ensinamos, descobrimos que nosso conhecimento realmente aumenta. Quando declaramos a palavra de Deus em face de circunstâncias contrárias, achamos que nós realmente progredimos. O que devemos fazer então, se a nossa experiência fica aquém do que Jesus prometeu?

Jogarei esses teólogos debaixo do ônibus farei com que eles saiam do meu caminho. Eu os devastarei completamente e avançarei na fé. Eu falarei sobre fé, cura, milagres e tudo o que Jesus disse sobre essas coisas cada vez mais, uma e outra vez, de maneiras diferentes, e em todo o lugar. Comprometo-me a doutrina de Jesus ainda mais. Invisto tudo nela. Este é o caminho.

Muitos pregadores e teólogos devem dedicar suas vidas a oferecer uma proeminência extraordinária a este aspecto dos ensinamentos de Jesus, a fim de combater os séculos de uma ortodoxia anticristã e a negação desse aspecto do evangelho. Então o povo de Deus poderá avançar na verdade e no poder. Devemos exercer um ministério abrangente, mas nenhum ministério é completo, e nenhuma teologia é autenticamente cristã, a menos que ensine algo tão básico ao evangelho que se aplica a "qualquer um que tem fé".

SE VOCÊS TIVEREM FÉ!

Estamos tratando de João 14:12 e Mateus 21:21 juntos porque eles se esclarecem e se reforçam mutuamente.

Jesus tinha dito a figueira, “Nunca mais dê fruto!” (Mateus 21:19), e a árvore morreu. Quando seus discípulos perguntaram sobre isso, Ele respondeu:  “Digo-vos a verdade, que se vocês tiverem fé e não duvidarem, poderão fazer não somente o que foi feito à figueira, mas também dizer a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar,’ e assim será feito".

João 14:12 refere-se a milagres e ensina que "qualquer um que tem fé" pode fazer os mesmos milagres e milagres até maiores do que os que Jesus realizou, porque "qualquer um que tem fé" pode pedir a Jesus que os faça, e Ele iria fazê-los. Mateus 21:21 oferece um ensino complementar.

João 14:12 afirma um princípio amplo que implica todos os milagres de Jesus, e Mateus 21:21 afirma um exemplo concreto que implica o mesmo princípio. O princípio é que qualquer um que tiver fé pode fazer os mesmos milagres, e  milagres maiores.

Aqui estamos claramente falando sobre um milagre. Jesus disse que "se vocês tiverem fé", poderão fazer o mesmo milagre, e "se vocês tiverem fé", poderão fazer um milagre maior. Ele não estava falando sobre pregação, nem sobre caridade. Ele não estava falando sobre, maior em quantidade; ou sobre, maior em extensão; ou ainda sobre maior duração. Ele não estava falando sobre tecnologia mais avançada.

Os cristãos têm usado todas essas desculpas, mas elas não podem ser aplicadas em João 14:12 e Mateus 21:21.

Ele disse que qualquer que tem fé pode fazer o mesmo milagre de mandar uma árvore, e um milagre maior de mandar um monte.
O contexto é milagres, e apenas milagres. Os milagres são feitos pela fé, e apenas pela fé. A Bíblia esfrega isso na sua cara. Não há espaço para você recuar. Você vai aceitar e gostar, ou você deve renunciar a Jesus Cristo, renunciar à fé Cristã, e confessar que você rejeita o evangelho. Faça isso agora. Tome um lado. Comprometa-se a Cristo ou a Satanás. Comprometa-se ao céu ou ao inferno. Você não tem outra opção.

Pare de usar esta ou aquela doutrina para justificar a sua falta de fé, tal como a soberania de Deus ou a conclusão da Bíblia. Deus soberanamente lhe diz em sua Bíblia concluída que, se você tiver fé, poderá fazer os mesmos milagres que Jesus fez, e ainda milagres maiores. Jesus falou aos discípulos para expulsarem os demônios. Quando eles falharam, Ele não disse que não era a vontade de Deus curar e o resgatar.

O próprio Jesus os havia comissionado, mas Ele disse que eles falharam por causa de sua falta de fé (Mateus 17: 19-20).
Jesus disse para Pedro andar sobre as águas. Pedro pode fazê-lo no início, mas, em seguida, começou a afundar. Jesus não disse que não era a vontade de Deus conceder o milagre, mas disse que era porque Pedro duvidava (Mateus 14:31). Ele consistentemente reduzia essas coisas à uma questão de fé, e não uma questão de vontade de Deus, ou chamado ou dispensação. Ele ficava tão irritado quando as pessoas não tinham uma fé forte e constante para milagres. Deus é absolutamente soberano, mas Ele nos ensina a pensar sobre essas coisas em termos de fé.

Você que gosta de se queixar de como a pregação moderna se concentra demais no conforto, cura, façanha, em vez do pecado, você se sente realmente bem consigo si mesmo, não é? Você se sente tão justo. Bom, vamos falar sobre o seu pecado. Vamos falar sobre o seu pecado de incredulidade. O quanto você acha que devemos falar sobre o pecado em nossa pregação? Muito? Bom, então vamos gastar muito tempo falando sobre o seu pecado de incredulidade. Você alega acreditar e pregar a Palavra de Deus, mas você faz isso apenas quando lhe é conveniente, e somente quando Deus diz algo que concorda com a tradição da igreja. Vamos falar sobre isso nos próximos vinte, trinta e quarenta anos, por quanto tempo for necessário. Não cederemos, até você se arrepender. Eu já me sinto até mais justo.

Existem muitos lugares na Bíblia que falam sobre o poder que possuímos através da fé e sobre todas as possibilidades que se abrem quando temos fé. Uma e outra vez, a Bíblia fala sobre os poderes miraculosos que podemos operar através da fé e sobre as coisas maravilhosas que são possíveis para qualquer que tenha fé. Essas coisas são claras para aqueles que se chamam cristãos, porque Deus deixou claro para eles desde o Gênesis, e as enfatizou com força crescente até o Apocalipse, de modo que eles não têm desculpas. Mas os cristãos reprimem a verdade em injustiça. Como os incrédulos, eles não magnificam o Deus dos milagres nem têm fé Nele para fazê-los. Eles têm trocado a glória da fé em Cristo por credos e tradições feitos para parecerem doutrinas piedosas. Eles não só continuam a fazer essas coisas, mas também aprovam aqueles que as praticam. Eles seguem o padrão dos réprobos. De fato, o cessacionismo e outras doutrinas da incredulidade, não são senão diferentes formas de ateísmo religioso. Eles reconhecem formalmente a Deus, mas se recusam a lidar com Ele além do ponto de sua incredulidade e maldade.

Eles se deleitam em debater isso para sempre. Enquanto estão falam sobre isso, eles parecem ter interesse em chegar à verdade e fazer o que é certo. Mas isso é uma farsa. É um teatro religioso. Essa é uma desculpa para interminavelmente adiarem a fé, adiar o compromisso com o que Jesus disse e fazer o que Ele ensinou. A Bíblia é clara. Ela não deixa espaço para debate, nem espaço para desculpa. Se alguém não afirma ativamente o que Jesus disse em João 14:12 e Mateus 21:21 tal como Ele disse, então ele nega que Jesus Cristo é Deus e que a Escritura é inspirada. Ele deveria ser removido de todas as posições, e expulso de cada irmandade. Decida agora. Qualquer atraso é a rebelião. Podemos discutir isso tanto quanto quisermos depois de concordarmos, para que possamos nos tornar mais fortes, mas não discutiremos isso até concordarmos, de modo que, então nunca possamos começar novamente.

VOCÊS TERÃO O QUE DISSEREM

Quando os discípulos lhe perguntaram sobre a árvore, Jesus respondeu: "Em verdade vos digo que, se vocês tiverem fé e não duvidarem, poderão fazer não somente o que foi feito à figueira, mas também dizer a este monte, 'Levante-se e atire-se no mar', e será feito".

Não vamos apressar isso. Ele falou com uma árvore. Ele não estava falando com Deus. Ele não estava falando com um homem ou um demônio, mas com uma árvore. Ele praticamente falou para ela morrer, e ela morreu. Você diz: "Claro, isso foi Jesus. Ele era o Filho de Deus!” Você não leu direito. Vamos tentar de novo. Ele falou com uma árvore. Falou a uma árvore para ela morrer, e ela morreu. Então Ele disse que "se vocês tiverem fé", poderão fazer o mesmo - você pode conversar com uma árvore e dizer a ela o que fazer. E então Ele disse que "se vocês tiverem fé", poderão fazer ainda mais - você pode conversar com um monte e dizer a ele o que fazer, e o monte faria isso. Você pode fazer isso "se vocês tiverem fé", não se você for um apóstolo, e não se você vive no primeiro século.

Ele não estava usando linguagem figurativa. Ele não disse que se você tiver fé, poderá superar uma situação difícil por tremendo esforço e determinação. Ele matou uma árvore real, uma árvore física, e  fez isso falando com ela. Ele usou isso para ensinar o que você pode fazer. Se você tiver fé, também poderá matar uma árvore física, mover um monte literal, e você fará isso falando com eles.

Nessa operação de fé, você fará isso conversando diretamente com a árvore ou o monte, ou alguma coisa assim, e não falando com Deus sobre a árvore ou o monte. Você diz: "Mas isso foi Jesus!” Bom, então você sabe quem foi que disse: "Se vocês tiverem fé ... terão o que disserem" (Mateus 21:21, Marcos 11:23). Sim, foi Jesus, mas você é um cristão, não é? Você tem fé, não tem? Ou esse é o real problema, que você não é realmente um cristão, e que não tem fé?

Este é um dos princípios mais claramente declarados, amplamente comprovados e comumente demonstrado em toda a Bíblia. Se você o rejeitar, também rejeita Jesus Cristo e a Escritura. Você deve ser excomungado.

Jesus Cristo é o fundador do movimento da fé. Ele é o autor da teologia "palavra da fé" (Romanos 10: 8). Esta é uma fé em que você diz o que quer e então o recebe. A Bíblia esfrega essa doutrina na sua cara. Você irá aceitá-la e gostar dela, ou se cale e caia fora!!!

Pare de se chamar de cristão. Você ataca os pregadores da "palavra da fé" para se justificar. Talvez você possa intimidá-los teologicamente, porque eles estão realmente errados em uma série de questões, mas você não pode intimidar Jesus Cristo, pois essa doutrina veio Dele. Negar a doutrina faz você pior do que esses professores da fé. Você os usa como pretexto para atacar o principal teólogo das "confissões de fé", Jesus Cristo. Os professores da fé merecem críticas, mas não de você, porque você nem mesmo crê  em Jesus.  E se você não crê em Jesus, você nem sequer é bom o suficiente para lavar seus carros com sua língua, muito menos corrigi-los em qualquer coisa. Certifique-se de que você é um cristão antes de abrir essa boca estúpida.

A maioria dos cristãos, acham essa doutrina básica do evangelho muito estranha. Apenas estranha. Na verdade, com exceção dos associados à teologia da "fé" ou "palavra da fé", parece que quase todos os cristãos considerariam essa doutrina bíblica totalmente errada. Em outras palavras, parece que quase todas as pessoas que se chamam cristãs também consideram Jesus Cristo um falso mestre. Do ponto de vista intelectual, e quando se trata de preocupação com a ortodoxia, o ensino é altamente revelador. A controvérsia mostra que os críticos afirmam uma cosmovisão essencialmente não cristã. Qualquer cosmovisão que discorda da doutrina da "confissão de fé" não é uma visão de Cristo e contradiz a visão de Cristo sobre a realidade. Assim, de fato, isso se qualifica como um teste de ortodoxia.

Jesus não achou que era estranho falar a uma árvore para que ela morresse, ou repreender uma febre ou tempestade. Esta era sua visão da realidade, e isso faz todo o sentido para mim. É normal que eu diga a uma doença para que ela saia ou diga a uma parte do corpo para que ela mude de certa forma. E se alguém estiver disposto a aceitar isso, posso fazê-lo por ele. Parece bastante engraçado para mim, de fato, que uma pessoa possa se chamar de cristão e não viver dessa maneira. Este é um aspecto comum da cosmovisão cristã, e qualquer pessoa que se chama cristão deve tomar isso por certo.

Se eu não tiver experiências com resultados perfeitos, não descarto a doutrina de Jesus para me fazer sentir-me melhor. Eu assumiria que preciso melhorar. Eu investiria ainda mais nessa doutrina da fé. Suponha que você diga a Jesus: "Eu falei a esta doença para sair, mas ela não saiu". Dado o que Ele disse nos Evangelhos, como você acha que Ele responderia? Ele não diria:

"Não seja um fanático. Não seja estranho. Como você pode curar a doença falando com ela? Apenas aceite a vontade de Deus.”

Em vez disso, temos certeza de que Ele diria:

"Qual é o seu problema? Há quanto tempo você é cristão? Você não tem fé? Fique quieto e fale para aquilo sair!"

Ele se comportou dessa maneira com seus discípulos.

Sabemos quem era Jesus. A questão é a qual Jesus você deseja. Você irá tomar o Jesus da Bíblia, Aquele que fala com as coisas e lhe diz para fazer o mesmo? Ou tomará o Jesus da sua herança teológica ou da sua denominação? Você tomará o verdadeiro Jesus da história, ou o falso Jesus da tradição? O seu teólogo favorito crê que você pode ter o que você disser pela fé, ou ele ataca essa doutrina? Se ele não a ensina ou se ele a critica, então, ele ainda não tem uma visão cristã da realidade. E ele é o seu ídolo. O que isso faz de você?

O que realmente é estranho, o que realmente é esquisito, é que os críticos cristãos querem transformar isso em um ensinamento dos cultos. Mas, se isso for verdade, esses críticos devem ser pior do que os cultos, porque a doutrina veio de Jesus. Para justificar suas incredulidades, eles querem transformar os professores da fé em bodes expiatórios. Os professores da fé realmente dizem algumas coisas que estão erradas e, se os críticos puderem culpar essa doutrina nos professores da fé, então eles podem destruir Jesus juntamente com os professores da fé e parecerem heróis ao assim fazer.
Mas nem todos são enganados por um esquema como esse. Realmente não me importo com os professores da fé, nem com as religiões orientais, nem com qualquer outra coisa que você deseja associar à doutrina de Jesus. Eu olho para Mateus 21:21 - "se vocês tiverem fé" - e em seguida olho para você. Olho para Marcos 11:23 - "ele terá o que quer que disser" - e então olho para você.

Estas são apenas várias passagens que afirmam a doutrina desta maneira (Mateus 17:20, Mateus 21:21, Marcos 11:23, Lucas 17: 6, etc.). Há outras que ensinam ou demonstram a doutrina, às vezes explicitamente, outras vezes implicitamente, de maneiras diferentes. Juntas, elas mostram que é o testemunho uniforme e penetrante da Escritura, e um princípio básico da fé cristã que, se você tiver fé, você terá o que você disser. Não me importo com o que as falsas religiões e cultos ensinam. Estou olhando para a Bíblia.

Talvez eles ensinem uma falsificação, mas e daí? A Bíblia ainda ensina a doutrina. Se você discorda dela, significa apenas que você é pior do que uma falsificação. Você é pior do que esses cultos. Então, quanto mais você rebaixa os professores da fé, mais você se rebaixa.

Não olhe para eles. Não estamos falando sobre o que os professores da fé acreditam. Não estamos falando sobre o que os cultos acreditam.  Estamos falando sobre o que VOCÊ acredita. Jogue-os todos para o inferno, e você ainda precisa responder pelo que você acredita. A doutrina pode, de fato, parecer "fogo estranho" para alguém de uma religião ou cosmovisão não cristã. Mas isto não é culpa dos professores da fé. Não é culpa dos cultos. A culpa é SUA! Você! VOCÊ é o problema. Sua cosmovisão não é cristã. Você é o lobo com peles de ovelha.

Esta é uma questão de cosmovisão.  Que tipo de mundo ou realidade é esse? É do tipo de que, se você tiver fé, em Cristo, você poderá falar com algo pela fé - algo como um bonsai, um rio ou um câncer – e ele faria o que você diz?

Jesus disse que este é exatamente o tipo de realidade no mundo. Se você não concorda com isso, exatamente com isso, sua cosmovisão não é cristã no nível metafísico, ao nível básico da realidade. Deixe-me falar um pouco mais sobre "confissão de fé".

Existem outros termos que podemos usar, mas este é mais comumente associado aos professores da fé, então vamos continuar a usá-lo apenas para irritar os críticos cristãos da doutrina de Jesus. Uma confissão é uma afirmação, uma declaração ou uma confirmação. Uma confissão de fé é uma declaração ou confirmação que vem da fé em Deus, em sua Palavra, ou algo dessa linha. Pode assumir a forma de um mandamento, como "Sossegue, fique quieto", ou "Saia dele!” Pode assumir a forma de uma afirmação, como "A menina não está morta, mas está dormindo", ou "Mulher, você está livre de sua enfermidade.”

A Bíblia está cheia de confissões de fé. Elas são tão difundidas que os hipócritas religiosos cantariam confissões de fé dos Salmos no mesmo culto que eles explodem a doutrina: "O Senhor é meu pastor, de nada terei falta..." Sei que a  bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida.” Eles cantam, mas não creem nisso. E então criticam as canções carismáticas por fazerem vãs repetições. Que bando de idiotas auto-justificadores inconscientes.

Depois que Jesus disse que se você tiver fé, você pode mandar uma árvore como Ele fez, e mesmo um monte (Mateus 21:21), Ele acrescentou: "Se vocês crerem, receberão tudo o que pedirem em oração" (Mateus 21: 22).” E depois Ele disse que se você tiver fé que tudo o que você diz acontecerá, então isso acontecerá (Marcos 11:23), Ele acrescentou: "Portanto, eu lhes digo, tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam e assim lhes sucederá. "(Marcos 11:24). Assim, o ensino vem na categoria da oração. Então, depois que Ele disse que "qualquer um que tem fé" fará os mesmos milagres que Ele fez, e mesmo maiores milagres (João 14:12), Ele acrescentou: "O que vocês pedirem em meu nome, eu o farei. "(João 14: 13-14).

Em seu próprio ministério de milagres, antes que Ele ordenasse: "Lázaro, venha!" Ele levantou os olhos e disse: "Pai, eu te agradeço porque me ouviste" (João 11:41). Ele disse que não precisava mencionar isso (João 11:42). Ele não precisava dirigir-se ao Pai naquele momento, mas disse isso para o benefício das pessoas ali presentes. Ele poderia ter feito apenas a ordem, e Ele geralmente fazia dessa  forma, mas a conexão com o Pai era sempre assumida (João 14: 10-11).

Confissão de fé é uma forma de oração. Confessar a fé é orar sem dúvidas. Isso é tudo. Ter dúvidas é abrir a possibilidade para o fracasso. Preparar-se para a possibilidade de que o que você pede não acontecerá, provavelmente para que você não fique mal ou se sinta mal quando isso resultar em falha, o que realmente é o que você espera de qualquer maneira.

A maioria dos cristãos protege mais do que acreditam quando oram. Eles não assumem que Deus os tem ouvido e, então, ordenam que a coisa aconteça pela força. Pelo contrário, eles não têm fé, e por isso falham. Eles se protegem ainda mais depois disso. Eles se protegem ainda mais da próxima vez. E se protegem ainda mais depois disso, até que a oração seja mais sobre submeter-se às circunstâncias, ou o que eles chamam de vontade de Deus, do que ser, em primeiro lugar, sobre a obtenção do que você ora.  A oração é agora, mais sobre mudar a si mesmo; quando Jesus mostrou que ela poderia ser sobre curar os doentes, expulsar os demônios, deter uma tempestade ou mover um monte.

A oração cristã tornou-se uma meditação budista. Então, alguém que não se inclina, junto com essas pessoas, que não podem esperar para crucificá-lo em nome de Cristo!

Confissão de fé é uma forma de oração, praticada pelo povo de Deus em toda a Bíblia. É uma expressão definitiva de fé na misericórdia e poder de Deus, na fé em nossa aliança com Ele, na fé em nosso lugar em Cristo. Isto é, quando você tem tanta confiança que você toma o comando da situação. Não é porque você tenha fé em suas palavras, mas porque você tem fé em Deus.

Pela fé, você afirma uma certeza de coisas ou ordena um certo conjunto de resultados porque acredita que Deus lhe respondeu que a coisa é tão boa quanto feita. Josué ordenou que o sol e a lua parassem.  "Então o sol parou e a lua se deteve” (Josué 10:13). Ele disse isso  “ao Senhor na presença de Israel” (v. 12). Mesmo que ele se dirigisse diretamente aos objetos, ele estava olhando para o poder de Deus para que isso acontecesse, e ele disse isso de maneira definitiva, na presença do povo. Ele estava orando sem duvidar. Ele falou pela fé e realizou obras maiores do que Moisés. A Bíblia diz que nada como isso tinha  acontecido antes, e nada como isso aconteceu depois, pelo menos até o momento em que o evento foi registrado. Foi “um dia em que o SENHOR atendeu a um homem” (v. 14).

Da mesma forma, quando você diz a um homem aleijado: "Saia da cadeira de rodas, vamos fazer uma  caminhada", você não está pensando que você tem algum poder em si mesmo para curá-lo. Em si mesmo, você não tem nada para oferecer. Você não vai fazer um milagre acontecer. Você não vai fazer nada acontecer (João 15: 5).

Mas você tem fé: “ Pai, eu te agradeço porque me ouviste. Eu sei que sempre me ouves, porque sempre ouves Jesus e eu oro em Seu nome.”  Você está contando com Deus para fazer um milagre, e você está orando sem duvidar. Isso é o que Jesus ensinou no nível de iniciação do discipulado. Mas treinamos teólogos para perseguir esse absurdo e derrubar do penhasco! Jesus repetiu o ensino uma e outra vez até o momento da sua prisão. Mas nós escrevemos livros e realizamos seminários para exterminar os hereges da fé! Então, como se a fé para mover montes não bastasse, Jesus ainda prometeu "poder do céu" em cima de tudo isso (Lucas 24:49, Atos 1: 8).

Esta é apenas uma pequena indicação do nível assustador do poder milagroso que Ele desencadearia em seu povo. A Bíblia ensina muito mais.  Como podemos reembolsá-lo? Chamamos a sua doutrina, evangelho falsificado!  “No entanto, quando o Filho do Homem vier, encontrará fé na Terra?" (Lucas 18: 8). Hum... talvez?

ATUALIZEM OS MAPAS!

Você se queixa, "Mas e quanto aos abusos?" Quais abusos? Não estou ciente de nenhum desmatamento sobrenatural excessivo ou na formação da terra. Se você sabe de pessoas que estão gritando em florestas e matando todas as árvores, ou mudando montes para lugares onde não deveriam ir, talvez destruindo a vida marinha e até causando tsunamis, avise-me. Avise-me imediatamente. E então lhes darei uma severa repreensão! Vamos fazer algumas das suas "apologética" neles! Pensem nisso, mesmo se nos atermos nas coisas que Jesus costumava fazer, não estou ciente de quem tenha realizado muitos milagres de cura, de modo que ele esteja sozinho ameaçando erradicar a própria ideia de doença por gerações vindouras, tornando irrelevante todo um aspecto do evangelho.  Imagine pregar em um texto e os ouvintes pensarem: "Doença?  O que é isso? Você pode comê-la? Ou é algo que as pessoas usam?”

Se este não é o tipo de abuso que você tem em mente, então, sobre o que você está falando? Se você tem algum problema com a própria doutrina, então por que você está falando comigo? Vá desafiar diretamente a Jesus. Vá condená-lo. Vá chamá-lo de líder de culto. Foi Ele quem disse, “Se vocês tiverem fé, terão o que disserem.” A principal fonte de abuso até agora tem sido você. Você finge ser tão justo. Você finge se preocupar com abuso e heresia. E quanto a sua incredulidade? Você tem sido cristão por tempo suficiente para que, agora, você devesse ser o professor e defensor desta doutrina, mas de alguma forma você precisa ouvir novamente esse ponto mais elementar da fé.

Quando você levanta uma objeção como essa, você realmente concorda que pode falar com um câncer e fazê-lo sair, ou dizer aos ossos quebrados para se reparar? Você concorda que, se você tiver fé, você pode ordenar aos alimentos para que aumentem? Essa é a doutrina de Jesus. Se você acredita nela, comece a ensiná-la e a praticá-la. E então poderemos falar sobre como algumas pessoas a tem corrompido. Se há abuso, então por que você não a ensina corretamente? Por que você não usa isso corretamente? A verdade é que é irrelevante se há algum abuso, porque você não acredita na doutrina. A verdade é que você rejeita a Jesus. Para encobrir isso, você se encarrega de falar sobre o abuso de uma doutrina que você nem mesmo acredita. Você é o problema. Você é um charlatão religioso, pior do que qualquer teleevangelista que você critica.

Você não se preocupa com o abuso. Você se preocupa com seu sentimento e sua imagem. E mesmo que você me critique, você também não se preocupa comigo. É Jesus que você odeia é Jesus Cristo, porque essa doutrina veio Dele. Ele é o único que você não pode tolerar. É Ele que você deseja destruir. É a Ele que você deseja rasgar membro por membro. Não é mesmo?  Admita. Se você O amasse, concordaria com Ele que, se você tiver fé, você pode ter o que você diz. Mas você O odeia, então odeia qualquer um que ensine qualquer coisa que se assemelhe a Sua doutrina.

Você diz, “E se alguém acreditar que receberá quinhentas mansões?" É admirável que eu ouça sobre mansões e coisas mais, principalmente daqueles que rejeitam a doutrina. Eles pulam para isso imediatamente. Aqueles que acreditam no que Jesus disse costumam aplicá-lo primeiro a curar os doentes, a prosperidade para se manter e dar aos pobres, inclusive restaurando sobrenaturalmente terras estéreis em áreas indigentes e coisas como essas para beneficiarem a si mesmos e outras pessoas, e para avançar o reino de Deus.

Em seguida eles podem pensar em ter fé para outras coisas. No entanto, então, e se alguém tiver fé que ele receberá quinhentas mansões? Se ele realmente tem essa fé, então receberá quinhentas mansões. E daí? Onde está o abuso? Uma vez que você não tem fé para uma caixa de papelão, talvez Ele lhe dê uma de suas mansões.

Por que estamos falando de mansões, quando você nem mesmo acredita na doutrina? Se você quer corrigir o abuso, pelo menos acredita que a doutrina da fé se aplica à cura dos doentes, à ressurreição dos mortos, à caminhada sobre águas, à transmutação e à multiplicação da substância material?

O próprio Jesus fez essas coisas, e Ele disse que qualquer que tivesse fé poderia fazer as mesmas obras e até obras maiores. Portanto, essas devem ser boas aplicações da fé. Isso é o que Jesus disse. Se você não concorda com isso, como mesmo você é um cristão? Mas se você concorda, então por que você não começa a fazer essas coisas antes de criticar como outras pessoas usam sua fé? Você não está qualificado para falar sobre abuso, porque não acredita em nada disso. Você é um estranho para a fé. Não quer "avaliar" o que as pessoas fazem com o ensino de Jesus. O que quer é apagar o que Jesus disse. Afirma lutar pela verdade e corrigir o erro, porém, mais do que qualquer outra pessoa, você é o inimigo do evangelho.

Em todo caso, se quer ser um bom apologista cristão e refutar o próprio Jesus, você precisa ser mais esperto. Josué falou com os planetas, e eles pararam para ele. Jesus falou com uma árvore e ela morreu. Então Ele disse que os cristãos poderiam até falar com um monte e ordenar que ele se movesse. Então... por que estamos fazendo essas questões a partir de mansões e coisas desse tipo? Você quer dizer que é mais escandaloso ter fé para quinhentas mansões do que ter fé para ressuscitar ou para parar o sol? Já existem mais de quinhentas mansões neste mundo, e é uma questão de um acordo econômico transferir uma propriedade para alguém.

Você nem mesmo precisa criar novas. Não existe nada logicamente absurdo sobre isso. Você quer expor um exemplo ultrajante, mas não consegue fazer isso de maneira adequada. A falta de fé torna você estúpido.

Chamamos a atenção para o que Jesus disse sobre a oração, como “ Se vocês tiverem fé, receberão tudo o que pedirem em oração ” (Mateus 21:22) e “ Se vocês permanecerem em mim e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiser, e lhes será concedido” (João 15:7).

De imediato, você sorri e diz sarcasticamente, “ Senhor, dê-me um carro esportivo.” Mas isso não é uma refutação. Você tem fé para um carro esportivo? Você acha que está expondo uma falsa interpretação, divertindo-se com isso, mas você está se divertindo com Cristo e expôs sua própria irreverência e incredulidade. Você não está interessado em abuso. Você quer se esquivar da doutrina inventando algo que parece ser absurdo.

Mas você é muito estúpido para fazer isso corretamente. Se há algo muito absurdo para a fé, deve ser pelo menos maior do que parar planetas, matar árvores, mover montes e ressuscitar os mortos. Ainda assim, pode estar dentro do domínio da fé.  A questão não é o que exigimos, mas se temos fé para isso. Você tem fé para quinhentas mansões? Então, por que estamos falando sobre isso? Vamos primeiro falar sobre se você tem fé para curar os doentes e ressuscitar os mortos. Você tem fé para tudo o que vemos na Bíblia? Você pode fazer qualquer outra coisa, além de desperdiçar meu tempo?

Você murmura novamente: “Mas e se isso não funcionar?” É admirável que esta seja a primeira coisa que muitos cristãos dizem quando mencionamos as promessas de Jesus sobre fé, oração, cura e coisas desse tipo. Eu ouvi primeiro isso de um homem provavelmente duas a três vezes que tinha sido um cristão, enquanto estava vivo. Eu mencionei algo sobre colocar as mãos sobre os doentes, e esta foi a primeira coisa que ele disse: “ E se isso não funcionar?” Eu não tinha muito contato com os cristãos, então fiquei surpreso com a incredulidade dele. Na época, eu não sabia que a maioria dos cristãos não tinha fé, que a maioria dos cristãos não acreditava em Jesus. Seria bom ouvir, “Então há esperança para o meu amigo,” ou “ Isso levará muitas pessoas a Cristo.” Mas em vez disso, obtivemos um, “Olhe” e “ E se isso não funcionar?”

“E se isso não funcionar?” E se sua mãe for um hipopótamo? Ou, e se a espinha se endireitar e a pélvis voltar para o lugar bem na sua frente? E se o raio-X mostrar que o seu amigo tem recebido um novo coração? E se o câncer morrer pelas raízes como a árvore que Jesus amaldiçoou? Mas, e se isso não acontecer? Examine a sua fé, e depois faça isso de novo. Não duvide.

Quando Jesus ministrou a um cego, e ele não ficou completamente curado, Jesus fez isso novamente, e então o homem pode ver claramente. Quando nada aconteceu depois que Elias orou seis vezes, ele orou novamente, e veio uma forte chuva. Um fazendeiro gostava às vezes de caçar, mas ele voltava com erupção cutânea em todo o corpo devido ao contato com a Hera venenosa. Então ele confessou pela fé que Jesus Cristo o libertou da lei do pecado e da morte, e que seu corpo não mais reagiria dessa maneira. A próxima vez, ele voltou com erupção cutânea em todo o corpo novamente. E de novo. E de novo. Mas, uma vez ele voltou com uma pele limpa. Sem erupções cutâneas. Ele se tornou imune à hera venenosa. A partir disso, ele poderia usar Hera venenosa como papel higiênico se quisesse. Poderia comê-la como espinafre se quisesse. Esta é a cosmovisão cristã.

JESUS AO MÁXIMO

Jesus era o mais extremo professor da fé. Ele disse e fez coisas extremas. Então, Ele disse que seus discípulos poderiam fazer coisas ainda mais extremas, se tivessem fé. E eles fariam com que essas coisas acontecessem ao falar o que desejassem. Isso é o evangelho. Essa é a ortodoxia. A fé milagrosa é fé normal, e a fé milagrosa extrema é a única ortodoxia. O Cristianismo tradicional rejeita esses pontos. Em outras palavras, o Cristianismo dominante rejeita Jesus Cristo. E então eles se atrevem a chamar de hereges, gnósticos, falsos mestres, àqueles que pelo menos tentam ensinar o que Jesus disse. Isso os torna pior do que os hereges, gnósticos e falsos mestres.

Eles querem culpar tudo nos carismáticos, e especialmente nos mestres da fé. Mas os carismáticos, os mestres da fé e o movimento "palavra da fé" não são os mais relevantes. Jesus Cristo é o problema deles. A única razão pela qual os professores da fé parecem ser um problema é porque eles chamam a atenção para o que Jesus falou sobre fé, cura, prosperidade, milagres, o Espírito Santo e tais coisas, embora falem dessas coisas com certa impureza. Isso faz com que os crentes tradicionais pareçam muito ruins, porque expõe seu desafio contra Cristo e sua rejeição do evangelho. Para eles, a blasfêmia contra o Espírito Santo não é o pecado imperdoável. O pecado imperdoável, é fazê-los parecer mal.

Jogue todos os professores da fé no inferno, e você ainda precisa lidar com Jesus. Jogue todos os carismáticos no inferno, e você precisará lidar com alguém ainda mais extremo do que todos eles juntos. Jogue todos os mestres da "palavra da fé" no inferno, e você ainda precisa vir com algo melhor. Dado o que a Bíblia ensina a única maneira de apresentar uma doutrina melhor é apresentar uma doutrina mais extrema. Se a teologia da fé não é tão extrema como Jesus afirmou, então não é, por definição, uma teologia cristã da fé. Os críticos da teologia da fé, os caçadores de heresias, deveriam estar caçando seu próprio tipo. Eles deveriam gastar todo seu tempo arruinando suas próprias vidas.

A teologia de Cristo é uma teologia do poder extremo. Qualquer outra coisa não é uma teologia cristã. Jesus não apenas a ensinou, mas também a fez. Se Jesus disse que eu posso ter a lua, eu não vou dizer que um pregador é muito extremo por ensinar que eu posso ter um mármore. Que extremo? Que heresia? O erro é que seu ensino promete muito pouco. E o seu erro é ainda pior.

Algumas pessoas podem suportar muitíssimo a Jesus. Ele excessivamente choram para Jesus. Ficam com raiva. Querem que Jesus seja um mascote religioso. Querem um Jesus que seja menor que o que eles podem acreditar, não maior. Querem um Jesus que possam explorar para impressionar as pessoas com suas bolsas de estudos, mas não um Jesus mais impressionante para as pessoas do que suas bolsas de estudos. Querem um Jesus que possa lhes dar materiais para criar imagens engraçadas e comentários sarcásticos em postagens de redes sociais. Isso é tudo para o que ele é bom.

Não querem um Jesus que os repreenda por ter pouca fé. Não querem um Jesus que lhes diga para que falem com árvores e montes, para repreender a doença, para remover o sofrimento, para proclamar prosperidade, para alimentar as pessoas. Não querem um Jesus que lhes diga que podem ter o que disserem, de modo que seja sua culpa quando experimentam a derrota.

Acham que estou falando sobre outras pessoas? Estou falando sobre vocês, os calvinistas, os presbiterianos, os reformados. Estou falando sobre vocês, os batistas, os metodistas, os anglicanos. Estou falando sobre vocês, os pentecostais e os carismáticos. Não me importo com o seu rótulo, nem com a venerável história de sua tradição corrupta.

O teste é, se você não acredita que deve falar com uma árvore, um câncer ou um demônio e dizer o que fazer, então estou falando de você, porque você tem uma visão de mundo não-cristã.  Você é intelectualmente delirante. Você quer testar pessoas com seu credo estúpido?  Eu vou testá-lo com Mateus 21:21 e esmagar seu credo. Você quer citar seu teólogo ídolo? Vou dar um tapa na sua cabeça com Marcos 11:23. Mude o seu credo para concordar com Jesus. Se seu teólogo não ensinar esse tipo de fé, jogue-o no lixo. Se Jesus não é seu Senhor, mas apenas seu mascote, você morrerá em seus pecados e queimará no inferno. Sua igreja não o salvará. Seu seminário e sua denominação estão debaixo de julgamento. E você morrerá em seus pecados. A menos que você tenha fé, você morrerá em seus pecados.

A maioria dos cristãos apaixonadamente odeiam Jesus. O Jesus da Bíblia não é o que eles querem. Não querem encará-lO. Não O querem em suas igrejas ou teologias. Eles têm comichão por  incredulidade, doença, sofrimento, por derrota, e se recusam a ouvir as promessas de Deus para a vida, para a vitória, para o poder e para a bênção. Querem um Jesus que fala sobre o pecado, mas não sobre a fé, sobre o sofrimento, mas não sobre a cura, sobre o sacrifício, mas não sobre a vitória. Jesus realmente falou sobre pecado, sofrimento e sacrifício, mas não da maneira como eles pensam sobre essas coisas. E Jesus também falou sobre fé, poder, cura e milagres, mas eles não querem ouvir nada sobre isso.

É impossível ser muito extremo sobre fé. É possível estar errado sobre isso. É possível confundir a presunção por fé, o que é perigoso. A maneira correta de combater a presunção é ensinar sobre fé corretamente, para que as pessoas possam desenvolver  a fé genuína em Deus. Mas é impossível ser muito extremo sobre isso, porque Jesus disse que tudo é possível para alguém que tiver fé (Mateus 17:20, Marcos 9:23). Teologicamente, a armadilha mais realista é a aparente inevitabilidade de que nossa doutrina da fé milagrosa nunca se tornará extrema o suficiente.

Aqueles que querem "equilíbrio" são mentirosos. Não há nenhuma razão para que você possa oferecer, e nenhum versículo ou doutrina que você possa produzir, que possa equilibrar Mateus 21:21 de uma maneira que derruba o que Ele diz. Isso é porque Jesus realmente fez o que Ele descreveu. Ele falou com uma árvore e a árvore morreu. Ele falou com uma árvore e a árvore morreu. É tarde demais para neutralizá-lo, porque já aconteceu. E então Ele disse que, se você tiver fé, você pode fazer o mesmo e mais. Você não pode equilibrá-lo porque falou com uma árvore real e morreu. Você não pode equilibrar isso de uma maneira que Jesus não quis dizer que você pode conversar com uma árvore e fazer com que faça o que quiser, porque Ele fez isso mesmo e disse que você pode fazer o mesmo.

Essas pessoas não estão interessadas em equilíbrio, seja o que for que isso possa significar neste contexto, mas querem a negação total da doutrina. Eles nunca dizem: "Jesus realmente não quis dizer que você pode ordenar um monte, mas era apenas uma maneira dramática de dizer que você pode curar os doentes, caminhar sobre as águas, transmutar e multiplicar substância material, e coisas assim.” Isso seria errado, porque Jesus realmente disse que você pode ordenar um monte, mas essas pessoas nem mesmo  aceitariam essa versão mais fraca. Eles nunca dizem, “Pare com essa conversa fanática sobre montes se movendo. Por que você não consegue ressuscitar os mortos como todos os outros”? Eles nunca dizem isso. Quando terminaram, eles sempre deixam você com nada. Para eles, a fé é confiança em Deus que se torna uma mentalidade para suportar o sofrimento ou para tentar tarefas difíceis. Isso é o suposto de ser fé. Eles dizem que, pela fé, você pode ter um pouco de paz, um pouco de santidade, e só isso. Você não vê que os extremistas são muito mais bíblicos e ortodoxos? E mesmo eles nunca são tão extremos quanto Jesus.

A única doutrina correta da fé é uma doutrina da fé extrema. Uma doutrina ortodoxa da fé milagrosa deve ser mais extrema do que qualquer heresia. Fiquemos mais extremos na fé, tanto na formulação da doutrina como na demonstração de poder. Deixe-nos ficar obcecados com a fé. Jesus, obviamente, pensou sobre isso mais do que nós. Precisamos pensar nisso dia e noite. Precisamos conversar constantemente sobre essa fé que pode mover montes, que pode oferecer alívio aos doentes e aos pobres, e que pode realizar as mesmas obras que Jesus fez, e até obras maiores.

Quanto aos críticos "cristãos" da doutrina, eles afirmam uma cosmovisão essencialmente anticristã. Sua visão da realidade é contrária à fé cristã. Seu evangelho assume completamente outro tipo de universo. Devemos abordá-los, portanto, com o tipo de pregação projetada para pagãos, como a abordagem que Paulo demonstrou em Atos 17.

Via:http://www.vincentcheung.com/2016/05/25/the-extreme-faith-teacher/

Tradução: Cristiano Lima